‘Dobradinha’: Jundiaí conquista ouro e prata na Marcha Atlética dos Jogos Abertos
O final de semana foi de ‘dobradinha’ para o TIME-Jundiaí de Atletismo nos Jogos Abertos do Interior 2022, que acontecem na cidade de São Sebastião. Na prova da Marcha Atlética de 3 quilômetros, Jundiaí conquistou o ouro com Maria do Carmo Santos, de 58 anos, e prata com Alanda Martins Santos, de 16, pela categoria adulto, sem restrições de idade.
Maria do Carmo pratica atletismo pelo TIME-Jundiaí desde 2007, mas iniciou na marcha atlética em 2018, competindo pelos Jogos Regionais e Jogos Abertos desde então. “Sempre pratiquei corrida de rua, geralmente de 10km, e fui guia do atletismo do PEAMA por dois anos, mas gosto das provas mais desafiadoras e acabei migrando para a marcha, que é uma das modalidades mais técnicas dentro do atletismo”, comenta.
Mas chegar até a conquista do ouro não foi fácil. A atleta passou por uma dolorosa desclassificação por punição nos Jogos Abertos de 2018 e foi apenas a 9º colocada em 2019. Já nos Jogos Regionais de 2018 e 2019, Do Carmo bateu na trave e ficou com a medalha de prata em ambas as etapas. “Mesmo assim eu nunca desisti. Mesmo na pandemia continuei treinando por conta própria e sempre buscando modalidades mais difíceis como os 80m com barreira e os 2.000m com obstáculos”, afirma.
Após dois anos sem competir, a jundiaiense teve todo o seu trabalho coroado, sendo campeã tanto dos Jogos Regionais como dos Jogos Abertos 2022.
Já a atleta Alanda Martins Santos tem uma história totalmente oposta, mas também vitoriosa. Com apenas 16 anos, ela iniciou na marcha atlética ainda neste ano e sua primeira competição foram os Jogos Regionais. “Nunca havia competido nesta categoria, mas consegui o índice necessário para a classificação aos Jogos Abertos mesmo com apenas alguns meses de treinamento”, relata.
“Nunca tinha praticado atletismo antes, mas me interessei após ganhar a primeira fase dos Jogos Escolares nos 800m. Até então achava que está era minha prova, mas por sugestão do meu treinador fui testar a marcha, e foi um sucesso”, comenta. Alanda treinou apenas por cerca de três meses antes de sua primeira competição na modalidade.
A modalidade
A marcha atlética é uma modalidade do atletismo onde se executa uma progressão de passos de maneira que o atleta sempre mantenha contato com o solo com, pelo menos, um dos pés. A perna que avança tem que estar reta, (ou seja, não flexionada) desde o momento do primeiro contato com o solo até que se encontre em posição vertical.
“Esta modalidade ainda é pouco praticada, mas podemos dizer que Jundiaí já é referência quando o assunto é a marcha atlética. É uma prova desafiadora e ter duas atletas de alto nível na equipe faz com que elas estejam sempre motivadas a melhorar e alcançar cada vez mais conquistas”, pontua o treinador de atletismo do TIME-Jundiaí, Robson Mian.
O regulamento estabelece que os juízes de marcha têm que avisar aos atletas que por sua forma de marchar correm o risco de cometer alguma falta, e para isso utilizam placas amarelas com o símbolo de uma possível infração. No julgamento de Marcha, quando um atleta comete infração é anotado no quadro de advertências um cartão vermelho correspondente a infração cometida. Quando três juízes diferentes mostram os cartões vermelhos a um atleta, o juiz chefe procede a sua desqualificação.
Jogos Abertos
O evento, que começou no último dia 6 e prossegue até o dia 15 de outubro, é um dos maiores do país, conta com a participação de 195 municípios (mais que os 189 do último Jogos, em Marília, em 1989); tem 27 modalidades esportivas; até 20 mil pessoas ligadas diretamente aos jogos (delegações- são 13 mil atletas, familiares e staff) e conta com atletas profissionais que usam os jogos como ranking.
(Fonte/Imagem: Prefeitura de Jundiaí)