Redários encantam e promovem aprendizagem nas escolas municipais
Na EMEB Professora Judith Almeida Curado Arruda, no bairro Cidade Nova, o redário integra a praça de leitura. Nos corredores, há livros disponíveis e nas paredes, poemas. Esse é o convite para que os alunos possam fazer a escolha para a leitura deleite em cerca de 20 redes, silenciando o corpo e tendo a oportunidade de aproveitar o momento em um ambiente aconchegante e ao ar livre.
“Eu gosto muito de estar aqui e ler. Adoro pegar os livros que falam de alimentos. Bate um vento quando estou deitada na rede, que é muito gostoso. Meu corpo fica relaxado”, resumiu a aluna do primeiro ano, Lais Albino de Souza. Os colegas da turma João Vitor Coutinho e Arthur Braga, compartilhando uma das redes, também frisaram o quanto gostam do espaço. “Eu adoro sair para ler e, na rede, fica mais legal ainda”, comentou João.
A proposta surgiu na escola em 2018, com o projeto de requalificação dos espaços. “Respeitando a geografia da unidade, foram construídos ambientes que possibilitam aprendizagem fora da sala de aula e com autonomia. As redes, junto com os demais elementos, como as caixas de poesias, auxiliam com que os alunos desenvolvam o gosto pela leitura. No espaço, eles ficam relaxados, concentrados e a felicidade é visível”, destaca a diretora Giuliana Trazzi Marcelino.
Na EMEB Professora Maria Elizabeth Oliveira Franca da Silva, no bairro Santa Gertrudes, a alegria das crianças no redário é igualmente indescritível. As redes passaram a fazer parte dos espaços em 2009. Atualmente, no ambiente externo que convida a brincadeira e também no espaço voltado à leitura, as crianças de 0 a 3 anos utilizam para aconchego, conforto corporal, para balançar, manusear e ler livros, podendo escolher se o momento será individual ou compartilhado com um colega. E, isso tudo, com a mediação e encorajamento da equipe escolar.
“Essa é uma proposta fruto de estudos que foram iniciados em 2006 para a utilização dos espaços externos para brincadeiras livres. Em 2018, com a construção do parque em madeira, a escola ganhou um novo redário embaixo das árvores. As crianças amam. Também para a nossa comunidade, a rede é um utensílio cultural, pois muitas famílias atendidas são das regiões Norte e Nordeste. Eles têm redes em casa e quando veem aqui, se sentem pertencentes”, enfatiza a coordenadora pedagógica da EMEB, Fernanda Alves da Costa Moura.
Escola Inovadora
Atualmente, cerca de 20 EMEBs contam com redes que são utilizadas de maneira contextualizada, sendo o uso integrado principalmente às propostas de leitura por prazer.
“O Programa Escola Inovadora leva em conta a potência das infâncias e dos educadores, considerando que a experiência que passa pelo corpo, permanece por toda a vida. Antes da pandemia de Covid-19, já somávamos ações com esse olhar. Com o novo cenário instalado, o Desemparedamento da Escola ganhou mais força. As redes, iniciativa que nasce em nossas EMEBs com foco no bem-estar e possibilidade de aprendizagem nos diferentes ambientes da escola, vem ao encontro do programa. Além disso, a neurociência tem estudos que dizem que a rede abraça a criança e embala como se ela estivesse no útero materno, o que é um fator importante para trabalhar a consciência corporal, a interação com o ambiente, a sensibilidade e a segurança que o conforto traz. É encantador o quanto iniciativas, como a disponibilização de redes, agregam”, afirma a gestora de Educação, Vastí Ferrari Marques.
“Jundiaí, sendo a Cidade das Crianças, pensa políticas para a infância, além de incentivar a busca de iniciativas dentro das EMEBs que inserem as crianças em ambientes ao ar livre, preservados de natureza, resultando em educação de qualidade. O Desemparedamento da Escola não somente está favorecendo nossas crianças pedagogicamente, como desenvolvendo o ser humano”, comemora o prefeito Luiz Fernando Machado.
(Fonte/Imagens: Prefeitura de Jundiaí)