Dia do Escritor Jundiaiense será comemorado com Roda de Conversa
Em comemoração ao dia do Escritor Jundiaiense, a Unidade de Gestão de Cultura (UGC) realiza neste sábado (03), das 10h30 às 13h, na Sala Professor Jahyr Accyoly de Souza, no Solar do Barão, sede do Museu Histórico e Cultural de Jundiaí, uma Roda de Conversa, com o tema: “A escrita, a história que a antecede, o processo, o livro”.
Para a Roda de Conversa estão confirmadas as presenças dos autores Rosita Veras, Thiago Marquini e Edu Cerioni, tendo como mediadora Mara Lígia Biancardi. Na abertura da programação a escritora e cantora Renata Iacovino apresenta um pocket show, com um repertório selecionado com o melhor da MPB e seus poemas.
Após a Roda de Conversa haverá microfone aberto para os escritores presentes que queiram declamar seus versos. Também será possível, a venda de livros dos escritores jundiaienses, limitado a um título por autor.
Para essa ação da UGC, a entrada é gratuita ao público interessado, lembrando que o acesso será por ordem de chegada, já que a sala tem capacidade para 50 pessoas.
A data e o homenageado
Dia 2 de Dezembro: “Dia do Escritor Jundiaiense”. Data instituída na década de 80 pelo Projeto de Lei 3.478/80 de autoria do então vereador Ary Castro Nunes Filho, e sancionada pelo prefeito Pedro Fávaro, completa 42 anos.
A data foi escolhida para homenagear Wenceslau José de Oliveira Queiroz, nascido em Jundiaí, em 2 de dezembro de1865 e falecido em 1921. Foi jornalista, juiz de direito, deputado estadual, escritor, crítico literário e musical. Formado em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito de São Paulo buscava, na metrópole, informações sobre o que acontecia no mundo das artes.
Foi redator-chefe do “Correio Paulistano”, do “Jornal do Comércio” e do “Diário Popular”. Fez parte de vários grupos com outros intelectuais; criticava, com veemência, a literatura e a arte baratas.
Inteligente polemista vencia com facilidade os seus adversários. Escrevia impressões e fundamentos sobre o movimento simbolista no Brasil. Promovia reuniões que contavam com a presença de gente ilustre como Raul Pompeia, Edmundo Lins, Afonso Arinos, Vicente de Carvalho e outros intelectuais da época.
Em 1905, criou, com amigos, o Conservatório Dramático e Cultural de São Paulo e foi um dos fundadores da Academia Paulista de Letras, onde ocupou a cadeira número 9, tendo escolhido Alvares de Azevedo para patrono.
Recebeu o cognome de “Baudelaire Paulista” porque escreveu “Rezas do Diabo”, obra parecida com “Flores do Mal” do francês Charles Baudelaire.
Assim como o escritor francês, o jundiaiense Wenceslau de Queiroz, respeitado pelos escritores e artistas da época, teve uma vida muito sofrida, perdendo vários filhos ao mesmo tempo. Tinha, como catarse, dedicar-se mais e mais à Literatura e às Artes, essas atividades faziam-lhe bem.
(Fonte/Imagem: Prefeitura de Jundiaí/Divulgação)