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Dia Mundial do Câncer: Especialista do Hospital São Vicente alerta para prevenção, sintomas e tratamento do câncer de intestino

Publicada em 04/02/2023 às 08:30

Segundo dados atualizados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa é de que sejam registrados aproximadamente 45 mil novos casos de câncer de intestino em 2023, sendo o segundo tipo mais incidente dentre todas as neoplasias malignas, entre homens e mulheres, com taxas elevadas de mortalidade. As informações alertam para a importância do cuidado preventivo. O dia 4 de fevereiro foi instituído como Dia Mundial do Câncer, para promover o diagnóstico precoce e a conscientização.

O médico oncologista do Hospital São Vicente (HSV), Breno Cordeiro Reiss, explica um pouco mais sobre a doença. “O câncer de intestino está relacionado aos tumores que se iniciam na parte do intestino grosso, chamada cólon, e que abrangem o reto, que é o final do intestino, e ânus. Também é conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal. Esse tumor é tratável e, na maioria dos casos, curável, ao ser diagnosticado de forma precoce, quando ainda não se espalhou para outros órgãos”.

Foto: Canva

Referência em oncologia, a unidade de quimioterapia do HSV, administrada pelo Instituto de Oncologia Marcello Fanelli, atendeu 13 pacientes com câncer de intestino em 2022. Atualmente, a unidade conta com 4 pacientes em tratamento, sendo a maioria homens. 

O médico conta que apesar de ser reconhecido como nosso segundo cérebro, a importância do intestino para o funcionamento do organismo ainda é ignorada. “Esse sistema nervoso entérico contém entre 100 a 500 milhões de neurônios, a mais vasta coleção de células nervosas do corpo, e por exercer funções essenciais, sua importância é equiparada a do cérebro. Inúmeras bactérias e microrganismos do intestino exercem múltiplas funções em nosso organismo, ajudando no equilíbrio metabólico e na maturação do sistema imunológico. Outra importante atividade é a produção de hormônios responsáveis pela sensação de bem-estar e prazer, como a serotonina e dopamina, fabricada pelas bactérias do intestino. Quando essa comunicação não é equilibrada, essa junção química pode desencadear sintomas psiquiátricos como depressão, ansiedade, perda de libido e até condições mais alarmantes como a esquizofrenia e o transtorno bipolar”.

Foto: Assessoria Hospital São Vicente

Fatores de Risco

Os fatores de risco são condições e problemas que aumentam as chances de uma pessoa de desenvolver doenças. No caso do câncer de intestino, estão mais propensas pessoas com 50 anos ou mais, com excesso de peso corporal, alimentação não saudável e pobre em frutas, vegetais e outros alimentos que contenham fibras, consumo de carnes processadas como salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon e demais embutidos, além da ingestão excessiva de carne vermelha (acima de 500 gramas de carne por semana). Também são fatores de risco o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas, quando a quantidade ingerida é superior a 30 gramas de etanol por dia.

“Outros fatores relacionados à maior chance de desenvolvimento da doença são história familiar de câncer de intestino, doenças inflamatórias como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar e câncer colorretal hereditário sem polipose”, completa Breno Reiss.

Sintomas e Detecção

A percepção do próprio corpo é o caminho para detecção de diversas doenças, inclusive o câncer de intestino. A presença de sangue nas fezes, diarreia e prisão de ventre de forma alternada, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia de causa não esclarecida, perda de peso sem causa aparente, alteração na forma das fezes, sendo estas muito finas e compridas, até a palpação de massa no abdome, são os sintomas principais da patologia.

A detecção precoce pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos, como colonoscopia ou retossigmoidoscopias, radiológicos em casos de pessoas com ou sem sintomas sugestivos da doença para rastreamento, assim como em indivíduos acima de 50 anos, como preconizado pela Organização Mundial de Saúde. O diagnóstico requer biópsia.

Prevenção e Tratamento

O médico especialista explica que a cirurgia é o tratamento inicial, retirando parte do intestino afetado e os gânglios linfáticos, que são pequenas estruturas que fazem parte do nosso sistema de defesa do corpo, de dentro do abdome. “Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia, como para tumores do reto, associada ou não à quimioterapia, para diminuir a possibilidade de retorno do tumor. O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Quando a doença está espalhada, com metástases, as chances de cura ficam reduzidas”.

Desta forma, o câncer de intestino está fortemente associado aos hábitos de alimentação, nutrição e atividade física, somada ao grau de estresse elevado nos dias atuais. “A incidência da doença vem aumentando muito nos últimos anos e, em paralelo, observa-se que a população está cada vez mais exposta aos fatores de risco e menos interessada nos fatores de proteção, como pessoas jovens abaixo de 50 anos, visto estilo de vida prejudicial, aumento excessivo do consumo de álcool e carnes processadas”.

A prevenção é o caminho. Pratique atividades físicas regularmente, não fume, evite o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, alimentos gordurosos, carne vermelha e embutidos. “Orientamos que as pessoas ingiram diariamente de 20 a 30g de fibras, frutas e verduras, e tenha uma dieta rica em vegetais, que ajudam no desempenho intestinal e evitam inflamações”, ressalta o oncologista.

(Fonte: Assessoria Hospital São Vicente/Imagens: Canva e Assessoria Hospital São Vicente)


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