Educadores visitam espaços que farão parte da Rota Afro em Jundiaí
Realizada como projeto-piloto durante a programação do “Novembro Negro” do ano passado, a Rota Afro – Circuito da Memória da População Negra em Jundiaí, que faz parte das ações de educação patrimonial da Unidade de Gestão de Cultura (UGC), estará de volta em 2023, como atividade periódica do calendário cultural da cidade. Para a iniciativa, que consiste na visita monitorada a pontos marcantes da presença da população negra na cidade, a UGC tem realizado diversas formações, a fim de reforçar a importância do tema aos envolvidos, que serão os multiplicadores para potencializar o alcance da iniciativa.
Além da formação já realizada no Museu Histórico e Cultural – Solar do Barão para os servidores da pasta e dos artistas envolvidos no receptivo da Rota, nesta segunda-feira (27) foi a vez de uma atividade formativa para educadores, com visita monitorada a alguns de seus pontos, como o Espaço África do Jardim Botânico e o Clube 28 de Setembro.
A Rota é uma parceria da UGC com a Assessoria de Políticas para Igualdade Racial, da Unidade de Gestão da Casa Civil. Durante a formação, os participantes foram acompanhados por Valéria de Paula, Denilson André, Carina Boni e Bruno Chequin, servidores da UGC, que compartilharam informações e propuseram questionamentos para provocar a reflexão dos participantes.
No Clube, o grupo foi recebido pela presidente, Edna Santos. “Este clube é um marco na história de Jundiaí e que nos enche de orgulho, pois foi construído e que resistiu, com uma pessoa dando a mão para a outra. E neste momento de retomada das atividades pós-pandemia, é hora de deixar o conhecimento aflorar e, por isso, a importância de seu reconhecimento por parte da Prefeitura para compor a Rota”.
Participaram da atividade educadores da Emeb Carlos Foot Guimarães (Jardim Santa Gertrudes), escola estadual Cecilia Rolemberg (Vila Rio Branco), do Centro Municipal de Educação de Jovens e Adultos (CMEJA) e da Fatec Jundiaí.
Segundo a coordenadora da Emeb participante, Claudia Ferreira, a iniciativa vai ao encontro do que já é desenvolvido na unidade escolar. “Desenvolvemos na escola, já há dez anos, uma ação institucional sobre este tema, resultado de uma pesquisa que fizemos com a comunidade local à época e que é trabalhado em diversas matérias. Ambas as iniciativas terão muito a contribuir uma com a outra e se complementar”.
A Rota Afro, direcionada principalmente para alunos das redes municipal e estadual de ensino, será feita por meio de visitas monitoradas, com ônibus, a cada um dos pontos programados, que contemplam ainda o Espaço Expressa (antigo Complexo Fepasa), o Museu Histórico e Cultural – Solar do Barão e a praça Ruy Barbosa, onde estava localizada a já demolida Igreja Nossa Senhora do Rosário, frequentada pela comunidade negra da época.
A Rota Afro também terá edições destinadas ao público em geral, para as quais, em breve, serão divulgadas as datas para a inscrição de interessados.
(Fonte/Imagens: Prefeitura de Jundiaí)