Surtos da doença mão-pé-boca aumentam 149% no estado de SP
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) registrou um aumento de surtos da doença mão-pé-boca (DMPB) no estado. De janeiro a março deste ano foram 391 surtos da enfermidade, sendo que, no ano passado, no mesmo perÃodo, havia 157 notificações, um aumento de 149% em 2023.
Durante todo o ano de 2022, foram contabilizados no estado 387 surtos da doença, que pode se intensificar no outono, assim como bronquite e sinusite.
A doença mão-pé-boca é uma sÃndrome viral e sazonal, mais frequente em crianças de até cinco anos, cuja transmissão ocorre por meio de secreções de vias aéreas, gotÃculas de saliva, via fecal-oral e pelo contato com lesões. A prevenção ocorre por meio de medidas básicas de higiene, como lavar bem as mãos e evitar aglomerações, especialmente durante época de surto.
O vÃrus habita o sistema digestivo e pode provocar estomatites, falta de apetite, vômitos e diarreia. Além disso, por causa de incômodos, há dificuldade para engolir e muita salivação.
Na maioria dos casos, o perÃodo de incubação do vÃrus varia de 1 a 7 dias após a contaminação. O vÃrus pode permanecer em secreções da mucosa oral por até 2 semanas e na via respiratória de 1 a 3 semanas após a infecção.
Prevenção
- Deve-se manter medidas frequentes de higiene pessoal e do ambiente que as crianças acessam
- Atenção na troca de fraldas. Evite compartilhar objetos como pomadas e lenço umedecido;
- Evite qualquer ação que tenha o contato das mãos com a boca;
- Higienize itens de uso pessoal e do ambiente com solução de álcool etÃlico 70% ou desinfecção com solução clorada.
- Evitar a circulação de crianças menores de cinco anos em aglomerações públicas nos perÃodos de surto.
Tratamento
Não há tratamento especÃfico para DMPB e a recuperação pode durar entre 7 e 10 dias. O uso de analgésicos, antitérmicos e hidratação pode auxiliar no tratamento dos sintomas.
Também é recomendado manter isolamento social, enquanto durar a fase de surto da doença, como, por exemplo, evitar que a criança frequente a creche por cerca de sete dias ou até o desaparecimento das lesões de pele.
(Fonte: Governo do Estado de São Paulo/Imagem: Canva)