Projetos de reurbanização avançam na Região Leste
A mitigação das áreas de risco e a apresentação de projetos de habitação de interesse social para famílias de baixa renda da Região Leste foram temas de encontros da semana, por gestores e técnicos da Prefeitura de Jundiaí. As ações de intervenção e os projetos habitacionais seguem em paralelo, para a solução integral das necessidades das populações de bairros como o Jardim São Camilo e Jardim Tamoio.
“A reurbanização de bairros como o Jardim Tamoio e o Jardim São Camilo faz parte das nossas prioridades, já que são locais onde residem famílias de baixa renda e que mais precisam dos serviços públicos. Por isso, garantir uma moradia digna e segura, em um bairro reurbanizado, é tão importante para garantir a inclusão das pessoas na qualidade de vida que a cidade oferece”, afirma o prefeito Luiz Fernando Machado.
Para a mitigação dos riscos em áreas consideradas vulneráveis, está sendo desenvolvido um Mapa de Risco de Deslizamentos para a região, elaborado por cerca de 30 estudantes do 7º período do curso de Geologia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). A proposta faz parte de uma parceria entre a Universidade, a Prefeitura e a comunidade local.
A Fundação Municipal de Ação Social (FUMAS) será a responsável por encabeçar uma parte prática do projeto – obras de mitigação de riscos, reurbanização do bairro e construção de moradias de interesse social. No loteamento Recanto Novo, na região do Jardim Tamoio, serão construídas 27 casas, que já estão com projeto executivo pronto. Já na área do antigo Hospital Psiquiátrico, está prevista a construção de 300 unidades habitacionais populares, que está em fase de captação de recursos.
Morador há 20 anos do Jardim Tamoio, José Pedro do Santos Júnior apoia as intervenções. “Para o bairro é muito bom. Nós já sofremos muito com as fortes chuvas, que melhoraram muito com o asfaltamento e pavimentação de várias ruas do bairro. Mas, com certeza, há muito o que ser feito. E esse trabalho mostra que estamos sendo assistidos”.
Prática
“Nós já desapropriamos o terreno onde ficava o antigo Hospital Psiquiátrico do Jardim Tamoio para a construção de unidades habitacionais que serão direcionadas para pessoas que moram em áreas de risco e que recebem atualmente o auxílio-moradia. O trabalho dos alunos da UNICAMP é de extrema importância, pois podemos cruzar os nossos estudos com esse que está sendo feito para acelerar as obras”, disse o superintendente da FUMAS, José Galvão Braga Campos (Tico).
No Jardim São Camilo, os projetos já estão em andamento. Segundo a Unidade de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (UGPUMA), estão previstas obras como a revitalização das vielas, entre elas a Nossa Senhora das Graças, com ações de contingenciamento, que englobam a colocação de corrimões, adequação do piso e nova pavimentação, que têm previsão de início nos próximos meses e as demais em fase de projetos complementares de engenharia. “A viela Nossa Senhora da Graças é a que nos preocupa mais. Nós temos quatro áreas de risco no Jardim São Camilo e trouxemos as demandas para o Poder Público para que a população seja cada vez mais assistida”, disse o morador Wilson Henrique Silva da Conceição, que participou da reunião.
Outra intervenção prevista é a construção de 195 unidades de habitação de interesse social para as pessoas que estão inscritas no auxílio-moradia e também as que moram em áreas de risco. O projeto está na fase de anexação das matrículas da área para a doação do terreno de 15.000m² à Secretaria de Habitação do Estado, para posterior projeto das unidades habitacionais. Nas últimas semanas, 17 famílias já foram retiradas de uma das áreas e estão recebendo auxílio-moradia.
Além dessas intervenções, há também projetos de qualificação de áreas livres que serão transformadas em espaços de convivência, no Jardim São Camilo, sendo que a primeira, localizada entre as ruas Gerôncio Pereira da Silva e Benedito Basílio de Souza Filho, está com a obra de revitalização em andamento, com a previsão de construção de uma praça arborizada, com espaços de lazer, em fase inicial de terraplenagem.
“Nós mapeamos o percurso feito pelas crianças e seus cuidadores, entre suas residências até as escolas do bairro e, a partir daí, definimos os percursos prioritários para intervenção, ouvindo as demandas e sugestões das crianças e moradores, com o objetivo de tornar a rua, um espaço público mais seguro, confortável e atrativo”, disse a diretora do Departamento de Projetos Urbanos da UGPUMA, Paula de Castro Siqueira.
(Fonte/Imagem: Prefeitura de Jundiaí)