Jardins do Solar do Barão ganham ainda mais cores com a chegada da Primavera
Neste sábado (23), dia que marca a chegada da Primavera ao Hemisfério Sul, não faltam boas opções de praças e parques para que a população aprecie a estação mais florida do ano. Entre estes espaços, entre os queridinhos dos jundiaienses estão os jardins do Museu Histórico e Cultural – Solar do Barão, que, além da ambientação tranquila em pleno Centro Histórico, bancos e ambientes sombreados, e das instalações do programa Cidade das Crianças, ganham ainda mais cores e perfumes do que de costume.
“Aqui nos jardins, o jundiaiense encontra aquelas flores das nossas memórias afetivas, dos tempos das nossas avós, e que, muitas vezes, não encontramos mais, como as margaridas, gerânios e dálias. Aqui também fica a única praça pública com roseiras na cidade”, comenta o diretor do Departamento de Museus da Unidade de Gestão de Cultura (UGC), Paulo Vicentini.
O gestor de Cultura, Marcelo Peroni, reforçou a importância da ocupação do público. “É motivo de grande alegria notar a ocupação do público em nossos espaços culturais, como resultado da intensa programação oferecida, dos investimentos feitos na preservação do patrimônio e no horário estendido inclusive aos finais de semana e feriados. E o Museu com seus jardins são um exemplo latente disso”.
Entre as flores que evocam as memórias afetivas presentes nos jardins estão as rosas e as margaridas
Acerca da remodelação dos jardins em 2017, Paulo explica que a intervenção levou em conta o projeto original de 1977. “Muita gente diz que os jardins do Solar teriam sido desenhados por um arquiteto francês, mas a verdade é que eles foram planejados na década de 1970, pelo arquiteto Antônio Fernandes Panizza, que foi consultado pela UGC quando de sua remodelação, em 2017, após um período de abandono. E esse projeto original levava em conta dois eixos principais: o de ser um espaço de união e permeabilidade de transeuntes entre as ruas Barão e Rangel, sem a necessidade de passar pelo Museu, e a de ser um ambiente agregador de pessoas”.
Vicentini também ressalta que no projeto original, Panizza concebia o local como um pequeno jardim voltado para as Infâncias. “Ainda restam alguns desafios para os jardins, como a questão da acessibilidade, mas muito já se concretizou do projeto original. A questão das Infâncias se fortaleceu com a presença maciça das crianças e das instalações do programa Cidade das Crianças, como os brinquedos de madeira e a casinha da árvore. Sem contar a abertura das salas do andar inferior, ao redor dos jardins, que hoje são também ambientes expositivos”.
A flora nos jardins também foi pensada do ponto de vista da presença de aves e de abelhas, que só da espécie Jataí contam com oito colmeias espalhadas pelo local. “Contamos também com árvores frutíferas, algumas em vasos, como os pés de amora, e a introdução de espécies como a macieira e o pessegueiro. E a propósito de mais mitos, temos um que envolve a nossa jabuticabeira, a ‘prima-dona’ dos jardins. Existe uma história de que o imperador teria descido e comentado sobre a árvore para uma pessoa escravizada que aqui estava. Mas a verdade é que esta árvore tem, comprovados, no máximo 120 anos e no século 20 e o imperador já nem mais estava no Brasil”, comentou Vicentini.
Outras estrelas são as orquídeas e a jade azul chinesa, que tem enfeitado um dos pergolados dos jardins com seus cachos abundantes
Já a fotógrafa Grace Sanches aproveitou a estação florida para fazer o ensaio fotográfico de Daniela Karas. “Sempre proponho ensaios aqui nos jardins do Solar, porque é um ambiente acolhedor e que mistura natureza com arquitetura, sempre com manutenção impecável. Sem contar que é o lugar favorito da cidade para mim e para o meu filho Théo, de seis anos. Aqui eu me sinto em casa”.
Lucas Gabriel dos Santos, de 16 anos, também aproveita a ida ao Centro para passear pelos jardins. “Gosto muito de vir aos jardins para conversar e como já tinha vindo três vezes ver a exposição no museu, desta vez aproveitei para descer. Para mim, estes jardins são um paraíso”, comentou o estudante, morador da vila Nova Jundiainópolis.
Exposição
Já dentro do prédio histórico, segue em cartaz a exposição Holocausto: para que nunca se negue, para que nunca se esqueça e para que nunca mais se repita, que já ultrapassou os 110 mil visitantes.
A exposição tem classificação etária para maiores de 12 anos acompanhados de seus responsáveis e é uma realização da UGC com o Memorial da Imigração Judaica e do Holocausto de São Paulo, o Consulado Geral da República da Lituânia de São Paulo e o Consulado Honorário da República da Lituânia do Guarujá. A visitação segue até o dia 29 de outubro.
O Museu fica na rua Barão de Jundiaí, 762 – Centro, e fica aberto de terça-feira a domingo, das 10h às 17h, inclusive durante emendas e feriados. Mais informações pelo telefone 4521-6259.
Fonte / Imagem: Prefeitura de Jundiaí