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Prefeitura de Jundiaí segue reforçando orientações para conter o avanço da dengue

Publicada em 29/12/2023 às 09:03

“A febre é ruim, mas a dor no corpo é incapacitante. Doí tudo. Até o couro cabeludo doí, quando bate o vento. Eu nunca tinha sentido algo parecido. Quando as plaquetas baixaram, veio o risco de hemorragia e a necessidade de monitoramento. Foi uma semana muito ruim”, lembra o psicólogo Antonio Messias Rospendowiski, diagnosticado com dengue neste mês, após o retorno de uma viagem à casa de familiares.

Em Jundiaí, segundo o último boletim emitido pelo Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), neste ano, 1.083 pessoas contraíram dengue, doença que pode se agravar e levar à morte. Do total de casos, 919 são autóctones e 164 importados. A cidade está com 4.829 notificações. A Vila Hortolândia e o Jardim Tamoio são os bairros com maior risco de transmissão, com 165 e 163 casos positivos da doença, respectivamente, seguidos pelo Jardim Fepasa (76) e pela Vila Nova Jundiainópolis (76).

Diante dos registros e de uma possível explosão de casos de dengue em 2024, Jundiaí reforça o alerta para a necessidade das medidas preventivas, principalmente o combate aos criadouros do mosquito Aedes Aegypti, transmissor das arboviroses.

Rospendowiski sofreu com os sintomas da dengue e orienta a população a tomar cuidado

“Temos regiões com grande risco, apontadas em mapeamento que identificou a infestação do mosquito por meio de amostra de larvas coletadas, e também os locais com transmissão. Neste momento, o bairro Ivoturucaia é uma região, por exemplo, com transmissão. Estamos com aproximadamente 10 notificações do bairro, com duas confirmações para dengue. Os exames em aguardo serão provavelmente positivos para a doença, pois os sintomas dos pacientes são característicos. As ações para a prevenção e o combate foram intensificadas no território, inclusive, com novo reforço nesta quinta-feira (28)”, informa a gerente da Vigilância em Saúde Ambiental (VISAM), biomédica Ana Lúcia de Castro Silva.

“O cenário é preocupante e o risco de epidemia é grande, sendo fundamental que as pessoas olhem seus quintais, olhem suas casas, façam o que é necessário para contermos o avanço das ocorrências. Essa é uma recomendação que vale para a cidade toda”, acrescenta a biomédica.

Estratégias
A Prefeitura, desde o dia 14, ampliou as estratégias para prevenção e enfrentamento das arboviroses (além da dengue, a chikungunya e a zika) com técnicos de diversas Unidades de Gestão, em complemento ao trabalho realizado pelas equipes da VISAM e da Atenção Básica de educação e orientação, desenvolvimento de investigação epidemiológica e busca ativa em toda notificação suspeita. O Município também organizou o sistema de saúde para recepção dos casos e efetuou a compra de insumos para atendimento aos pacientes.

“A situação é preocupante. O clima é favorável à proliferação do mosquito e temos a reintrodução dos sorotipos 3 e 4 da dengue, que farão os casos se agravar e aumentarão o número de óbitos. O risco está aí. O Poder Público está atuando, inclusive, sendo transparente sobre a possibilidade de termos uma epidemia de dengue. A sociedade precisa ser proativa. Se o mosquito não nasce, não tem doença. É hora de eliminarmos todos e quaisquer criadouros”, enfatiza a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Fauzia Abou Abbas Raíza.

Brasil
No País, até a última quarta-feira (27), foram registrados 1.641.278 casos de dengue. Dados divulgados pelo Ministério da Saúde, por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan online), revelam que o Brasil soma 1.079 mortes pela doença – um recorde. Na série histórica divulgada pela pasta, também com base no Sinan, o maior número de óbitos no período de um ano completo ocorreu em 2022, quando chegou a 1.053 registros. Em seguida, vem o ano de 2015, com 986 mortes. Jundiaí registrou, no dia 22 de abril, um óbito por dengue de residente da Vila Hortolândia.

“Não custa nada ficarmos de olho. No meu quintal não há pratos de plantas, que podem acumular água, mas eu sempre verifico, principalmente, os ralos. Todo o cuidado é necessário, porque uma vez picado, as consequências são imprevisíveis sobre a evolução da doença. Isso dá muito medo”, complementa Rospendowiski.

Orientações
A Prefeitura orienta que a população faça um checklist nos quintais e no interior das casas para garantir que não ficará água parada. Levantamento apontou que 85% dos criadouros do mosquito Aedes Aegypti estão nas residências. Entre o que deve ser verificado, estão:

• Lixo – não deixe lixo espalhado no quintal e descarte nos dias corretos;
• Plantas 
– tire os pratinhos do vaso;
• Vasos sanitários 
– tampa sempre fechada. Em banheiros com pouco uso, dar descarga pelo menos uma vez por semana;
• Garrafas 
– se guardadas, devem estar em local coberto ou com as bocas viradas para baixo;
• Calhas 
– limpas. Mantenha-as sempre sem folhas e materiais que possam impedir a passagem da água;
• Vasilhas para animais
 – lavar duas vezes por semana com água e sabão;
• Ralos 
– tampados com telas ou vedados (principalmente os que estão fora de uso);
• Piscinas 
– sempre limpas, mesmo se uso. Use cloro para tratar a água e filtre periodicamente;
• Caixa D’água
 – mantenha fechada e vedada;
• Pneus 
– devem ser guardados em locais cobertos e descartados de maneira correta;
• Lonas 
– não deixe lonas jogadas formando bolsões de água.

Para facilitar, faça o download do arquivo. O Boletim de Arboviroses também está disponível para acompanhamento.

Fonte/Imagem: Prefeitura de Jundiaí


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