Projeto ‘Eu tenho Voz’ dá início à formação de novas turmas de educadores
O projeto “Eu tenho Voz”, uma das iniciativas da Unidade de Gestão de Educação pelo programa Escola Inovadora para a identificação e enfrentamento aos diversos tipos de violências contra as crianças, chega, em 2024, ao seu terceiro ano de realização no Município.
Depois de impactar mais de 10 mil estudantes em 16 unidades escolares, este ano a iniciativa deverá envolver cerca de 4,5 mil crianças, em cinco escolas municipais: Emeb Ivo de Bona (Almerinda Chaves), Luzia Francisca de Souza Martins (Ivoturucaia), Pedro de Oliveira (vila Joana), Flávio Dangieri (Anhangabaú) e Marina de Almeida Rinaldi Carvalho (jardim das Tulipas).
Idealizado pela magistrada Dra. Hertha Helena de Oliveira e realizado em parceria com o Instituto Paulista de Magistrados (IPAM), o projeto é destinado, na rede municipal, ao Ensino Fundamental 1 (de 1º a 5º ano), e tem como objetivo facilitar a identificação de violências físicas, sexuais, psicológicas, entre outras, bem como a denúncia para os órgãos responsáveis, tanto dos estudantes, quanto entre seus familiares e responsáveis.
Após formação sobre o projeto, os educadores das escolas participantes este ano assistiram, na última quarta-feira (27), à peça “Marcas da Infância”, apresentada pela Cia. Narrar, em duas sessões, uma pela manhã e outra à tarde, no auditório da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ).
A dr.ª Hertha Helena de Oliveira aproveitou a apresentação para elogiar a adesão do Município à iniciativa. “O projeto surgiu para combater as violências e para isso era necessário chegar às escolas. Isso exigiu que a abordagem do assunto fosse feita por meio da Arte e que existisse uma rede articulada, que desse conta das demandas que surgissem. Por isso, fica aqui o nosso agradecimento sincero a Jundiaí e à UGE, pois nunca vimos uma rede tão bem articulada a ponto de nos dar, pela primeira vez, a oportunidade de ver na prática o projeto funcionando da forma como havíamos planejado que ele seria.”
Por meio de abordagem lúdica, cheia de musicalidade e humor, a peça “Marcas da Infância” traz à memória do público brincadeiras e memórias de infância comuns a todas as gerações, e que servem de pano de fundo para tratar de traumas, violências e violações de direitos.
A gestora-adjunta da UGE, Tânia Gurgel, explica que, além dos educadores, a peça que integra o projeto também será apresentada aos estudantes, pais e responsáveis, com adequações conforme o público. “Nas escolas, as crianças que nunca passaram por algum tipo de violência têm durante a peça um momento de fruição. Já aquelas violentadas ou violadas sentem a segurança de reportar o abuso e passam a ser escutadas de modo especializado, evitando a revitimização. Trata-se de uma importante ação intersetorial e que conta com a participação da dr.ª Hertha ou de sua equipe, presenças importantes e potentes dentro deste contexto.”
Mais combate à violência
Além do “Eu tenho Voz”, outros projetos e iniciativas pelo programa Escola Inovadora também são destinados ao combate às violências, comunicação não-violenta e Cultura de Paz, cuidados com a Saúde Mental dos educadores, estudantes e familiares. São elas: “Cria na Paz”, “Cuidados com o Corpo”, “Corações e Mentes”, “Crescer em Paz: Vozes de Autoria” e “Cuidando de si para cuidar melhor do outro”, Ludicidadania, Proerd, desenvolvidos com diversos parceiros como Allma Hub, Rede Urban95, Fundação Van Leer, Gaia+, Hospital Israelita Albert Einstein, Universidade Emory – Atlanta (Estados Unidos), Polícia Militar e Guarda Municipal de Jundiaí (GMJ).
Fonte/Imagem: Prefeitura de Jundiaí