No HSV, trabalho de fortalecimento previne complicações após internação
Você sabia que durante a internação, devido a privação do movimento corporal, um paciente pode perder 30% de massa muscular em até sete dias? Mais que isso: essa perda pode ser tão significativa que a recuperação completa pode levar até cinco anos? A informação é documentada pela literatura mundial e evidencia que a orientação para prática de exercícios físicos pode até ser clichê, mas não é bobagem.
Hoje, sabemos que as pessoas estão em busca de músculos mais fortalecidos, o que, por consequência, minimiza e previne o sofrimento do indivíduo com a fraqueza muscular, caso precise de atendimento médico ou hospitalização.
No Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), os pacientes recebem atenção especial para a condição, com ações e procedimentos aplicados pela equipe de fisioterapia da unidade. “Quando o paciente fica muito restrito ao leito, como é o caso das internações registradas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o desenvolvimento da fraqueza muscular é inevitável. Infelizmente, existem algumas situações que são inerentes ao tratamento como, por exemplo, a sedação. Em casos gerais, nós agimos na prevenção da perda de massa muscular desde quando o usuário chega ao hospital, até sua saída”, explica o fisioterapeuta, Daniel Gimenez.
Métodos de avaliação
Para identificar e determinar o nível de fragilidade do indivíduo, os profissionais trabalham com escalas de avaliação. Inicialmente, são associados fatores como idade, peso e gênero, já que se encontram diferenças na composição muscular. Em seguida, são considerados hábitos prévios a internação, como qualidade de vida, sono e alimentação adequada, além da prática da atividade física. Em alguns casos, a fraqueza muscular já está relacionada a alguma doença neurológica ou trauma medular, por exemplo. Se esse paciente já apresentar grau de fragilidade muito significativo, é quase certo de que o período de internação dele será muito mais complexo.
Hoje, o HSV conta com um grupo que trabalha especificamente com esses casos e que buscam recuperar a funcionalidade do paciente em sua totalidade. “Utilizamos o método da dinamometria para medir a força muscular e a função física de um indivíduo pré e pós-internação ou procedimento, desta forma é possível verificar o quanto ele tinha e quanto ele perdeu de massa muscular. Mobilizar precocemente um paciente não é um ato só do fisioterapeuta, mas de uma equipe multidisciplinar. A recuperação vem do movimento, dentro de parâmetros que não apresentem riscos. São ações simples e do dia a dia. A enfermagem não precisa dar banho só no leito, mas sim conduzir esse paciente para um banho de chuveiro, por exemplo. Todas as nossas iniciativas são fundamentais para que o usuário se restabeleça. Por isso, profissionais da saúde sempre insistem sobre a importância de uma vida ativa e saudável antes e depois do tratamento. É muito necessário e as pessoas não seguem essas orientações. Se houver uma reinternação, todo esse processo terá que ser retomado. É preciso constância”, finaliza o fisioterapeuta.
Fonte/Imagem: Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV)