Inos Corradin, o artista que coloriu Jundiaà e o Brasil, morre aos 95 anos
Inos Corradin não foi apenas um artista plástico. Foi um nome que se confundiu com a identidade cultural de JundiaÃ, cidade que o acolheu ainda jovem e onde construiu uma carreira artÃstica de reconhecimento nacional e internacional. Corradin faleceu nesta quarta-feira (17), aos 95 anos, deixando três filhos e um legado que atravessa gerações.

Nascido em 1929, na cidade de Vogna, na Itália, Corradin chegou ao Brasil em 1950. Logo se estabeleceu em JundiaÃ, onde encontrou não apenas um lar, mas também inspiração para dar forma e cor a uma obra marcada pela expressividade, pelo lúdico e pela vida cotidiana.
Sua trajetória nas artes visuais foi extensa e consistente. Participou de importantes exposições como o Salão Paulista de Arte Moderna e o Salão Nacional de Arte Moderna, consolidando-se como um dos grandes nomes da arte moderna brasileira. Em cada tela ou escultura, Corradin revelava um universo próprio — vibrante, sensÃvel e acessÃvel.
A comoção pelo falecimento do artista se espalhou pela cidade. “Nos tempos de escola, sua figura já era reconhecida e admirada por todos. Inos Corradin elevou o nome da nossa cidade no Brasil e no mundo. Seu legado permanecerá vivo em cada tela e escultura”, afirmou o prefeito Gustavo Martinelli, em nota de pesar.
Para além das galerias, a presença de Corradin é sentida nas ruas, nas casas e nos espaços públicos de JundiaÃ. Ele é um daqueles artistas cuja obra não ficou restrita a paredes de museus — ela circulou, dialogou com o povo e ajudou a contar a história da cidade.
Ainda não há informações sobre o velório e sepultamento. O que se sabe, com certeza, é que Jundiaà e o Brasil perdem um grande nome da arte, mas herdam uma obra eterna.
Fonte / Imagem: Forma arte.com