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“Sessalescência”: Qual o significado do termo?

Publicada em 22/11/2025 às 08:00

Um artigo do equatoriano Manuel Posso Zumáraga, que circula na Internet no qual ele apresenta um novo termo: sessalescência referindo-se a um grupo de adultos com mais de 60 anos vem causando vários comentários sobre a publicação.

O termo “Sessalescência” trata de homens e mulheres que utilizam as novas tecnologias, são modernos, progressistas e cheios de vontade de aproveitar a vida, aprender coisas novas, contribuir para a sociedade, viajar, conhecer novas pessoas e assumir o controle do seu próprio destino – e que se recusam a aceitar o papel de «idosos”.

É uma geração que eliminou a palavra «sessentão» do seu vocabulário, porque o envelhecimento simplesmente não faz parte dos seus planos atuais. Trata-se de uma verdadeira novidade demográfica, comparável ao surgimento da «adolescência» em meados do século XX, que também surgiu como uma nova categoria social.

Este novo grupo de pessoas, que hoje atingiu os sessenta ou setenta anos, teve, em geral, uma vida plena. São homens e mulheres independentes, que trabalham há muito tempo e conseguiram mudar o significado muitas vezes sombrio que a literatura atribuiu ao termo “trabalho” ao longo de décadas.

Longe de escritórios sombrios, muitos deles encontraram há muito tempo a atividade que mais amavam e hoje vivem dela. Talvez seja por isso que se sentem tão realizados; alguns nem sequer sonham em se aposentar. Aqueles que já estão aposentados aproveitam cada dia ao máximo, sem medo do tempo livre ou da solidão. Eles apreciam o ócio, porque depois de anos de trabalho, educação dos filhos, privações, contratempos e coincidências, faz bem olhar para o mar com a cabeça vazia.

Já a mulher “sessalescente” sobreviveu à busca pelo poder que o feminismo dos anos 60 lhe proporcionou e conseguiu parar para refletir sobre o que realmente queria. Algumas foram viver sozinhas, outras iniciaram cursos universitários que antes eram exclusivos para homens, algumas concluíram estudos universitários juntamente com os seus filhos, outras decidiram ter filhos ainda jovens, foram jornalistas, atletas ou criaram e cuidaram o seu próprio “eu”.

Assim são as mulheres dos anos 50.

No entanto, já se pode afirmar que elas não são pessoas «paradas no tempo»: pessoas na casa dos 60 ou 70 anos, homens e mulheres, usam o computador como se tivessem feito isso a vida toda. Escrevem-se, encontram-se com os filhos que moram longe e até esquecem o telefone antigo para contactar os amigos.

Na maioria das vezes, estão satisfeitas com o seu estado civil – e, quando não estão, não se preocupam em mudá-lo. Ao contrário dos jovens, os sedentários conhecem os riscos e pesam-nos. Ninguém chora quando perdem: pensam, tomam notas, mantêm o seu estilo. Eles não invejam a aparência de jovens estrelas do esporte, nem sonham em ter o personagem de uma diva do show. Em vez disso, eles sabem o significado de um olhar conspiratório, uma frase inteligente ou um sorriso iluminado pela experiência.

Hoje, as pessoas nos seus 60 e 70 anos – como é à sua maneira – começam uma idade que AINDA NÃO TEM UM NOME. As pessoas costumavam ter essa idade”, mas hoje estão cheias de energia física e mental. Lembram-se da juventude, mas sem nostalgia – e sabem disso.

As pessoas hoje, nos anos 60 e 70, celebram o sol todas as manhãs e muitas vezes sorriem para si mesmas. Eles fazem planos com suas próprias vidas, não com as dos outros.

Luciana Minelli

Para a psicóloga Luciana Minelli, isso de fato está acontecendo! Tanto que hoje é naturalmente difícil pensar numa pessoa de 70 anos como idosa, pois são ativos, independentes, saudáveis, fazem planos, viajam e ou sustentam a vida ainda atuando profissionalmente. Na prática vemos esses jovens senhores fazendo caminhadas matinais, procurando estúdios de Pilates ou procedimentos estéticos. “Posso usar como exemplo minha mãe e suas amigas que com quase 80 anos estão ativas na vida doméstica, se sentindo livres e participativas”, observou a profissional.

A não aceitação do termo idoso, ou ser considerado idoso, segundo a psicóloga, está relacionado a vários fatores, como mais acesso à informação, mais incentivo ao auto cuidado, avanço da medicina, inclusive preventiva, vivemos também num país tropical que viabiliza as atividades ao ar livre, as campanhas de conscientização, a troca de experiências, o mercado farmacêutico interessado na longevidade entre outros aspectos.

Com relação aos homens estarem mais “sessalescentes” que as mulheres, Luciana disse que precisamos ser cautelosos com essa questão, pois talvez sim, o homem esteja mais ativo, creio que as mulheres ainda não estejam necessariamente mais livres dos seus compromissos familiares. “Penso que a mulher esteja mais autônoma e tentando se posicionar melhor, mas, ainda se preocupa com a casa, a alimentação e se não cuida mais dos filhos, de algum modo e em algum momento é solicitada aos cuidados com os netos.

Sobre a busca por novos relacionamentos amorosos ou sexuais, o sessalescente de modo geral quer um companheiro para uma vida mais sociável. Já criaram filhos, já sabem da dificuldade de anos de casamento, quando viúvos ou não estão mais aptos para uma vida conjugal menos pesada, mais fluída.

Luciana observou que a vida sócio econômica e cultural de cada um afetará muito nesse processo. “Não podemos nos esquecer disso. Nem todos tem o mesmo acesso à informação, nem todos têm acesso a uma medicina preventiva e muito menos a uma medicina ética, cuidados e coerente. Em muitos casos os valores religiosos conservadores vão também impactar e talvez dificultar esse processo de um novo entendimento. E, não nos esqueçamos que a idade está muito mais conectada ao nosso modo de pensar a vida do que à cronologia”, concluiu a psicóloga.

60+ em Jundiaí

Em Jundiaí existe várias ações de política pública voltada para a geração 60+, quando são oferecidas gratuitamente a essa parcela da população atendimento diverso em segmentos da saúde, lazer, cultura, educação, distribuídos em equipamentos descentralizados – os Centros de Convivência da Pessoa Idosa.

Os Centros de Convivência são destinados para a população com idade igual ou superior a 60 anos, que se encontra em condições de convivência grupal e com autonomia, bem como pessoas idosas que vivem em situações de vulnerabilidade, exclusão social e fragilização de vínculos afetivos.

Visa à garantia de direitos e a inclusão social, prevenindo a exclusão e isolamento através de atividades que contribuam no processo de envelhecimento saudável, no desenvolvimento da autonomia e da sociabilidade, na prevenção de situações de risco social e no fortalecimento de vínculos familiares e convívio comunitário.

Serviço

CCI – Centro de Referência do Idoso – Vila Arens
Endereço: Avenida Dr. Cavalcanti, 396 – Vila Arens
Telefone: (11) 4587-4664
E-mail: criju@jundiai.sp.gov.br

CCI – Centro de Convivência do Idoso – Vila Hortolândia
Endereço: Avenida Alexandre Ludke, 700, Cidade Administrativa (Em frente ao terminal Vila Hortolândia)
Telefone: (11) 4521-6984
E-mail: cci_hortolandia@jundiai.sp.gov.br


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