Vigilância em Saúde orienta sobre contaminação por leptospirose
O período de fortes chuvas requer atenção para evitar a contaminação por leptospirose. A doença é infecciosa e causada pela leptospira, bactéria encontrada na urina de roedores e de outros animais como porco, cavalo e cachorro.
“Esse é um período em que os riscos aumentam. As pessoas devem evitar as áreas alagadas ou enlameadas. A contaminação ocorre a partir da penetração da bactéria na pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou através de mucosas. Se o contato for inevitável, a recomendação é permanecer o menor tempo possível nessas áreas. É fundamental utilizar sempre botas e luvas de borracha ou sacos plásticos duplos para proteção de braços e pernas, e não deixar que crianças nadem ou brinquem na água ou na lama”, explica a biomédica da Vigilância em Saúde Ambiental (VISAM), vinculada à Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), Ana Lúcia de Castro Silva.
Em casos em que a água invade as residências, a orientação é lavar e desinfetar o chão, paredes, objetos caseiros e roupas atingidas. Recomenda-se retirar a lama e, após a lavagem com água e sabão, aplicar água sanitária por 30 minutos nos cômodos da casa. Também é necessário jogar fora medicamentos e alimentos que tenham entrado em contato com a lama ou a água de enchente, mesmo que estejam embalados com plásticos ou fechados em recipientes como garrafa pet, caixa de leite, embalagens, etc.
Sintomas
Os principais sintomas da doença são: febre, calafrios, dor de cabeça, dor muscular (principalmente nas panturrilhas), cansaço, fraqueza, falta de apetite, náuseas e vômitos. O diagnóstico é feito por meio de exame laboratorial, dependendo da fase da doença.
“Ao suspeitar da doença, procure um serviço de saúde e relate o contato com exposição de risco. Os profissionais de Saúde já estão orientados. Para tratamento da leptospirose, em casos leves, o atendimento é ambulatorial. Em casos graves, a hospitalização deve ser imediata, visando evitar complicações e diminuir a mortalidade. A automedicação não é indicada”, enfatiza Ana Lúcia.
Fonte / Imagem: Prefeitura de Jundiaí