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Jundiaí reforça ações de conscientização e combate da febre maculosa

Publicada em 20/10/2023 às 09:46

Técnicos de diversas Unidades de Gestão da Prefeitura de Jundiaí se reuniram, na tarde desta quinta-feira (19), na Sala de Situação do Paço Municipal, para ampliar ações de conscientização e combate contra a febre maculosa brasileira. A doença é endêmica na região e, neste ano, registra três casos positivos na cidade, sendo dois autóctones.

A partir de avaliações realizadas pelos técnicos da Vigilância em Saúde Ambiental (VISAM), as regiões de maior risco de parasitismo (picada de carrapato) foram mapeadas e novas ações serão implementadas nos próximos dias. “As áreas públicas em que há circulação de capivaras, que são os principais amplificadores da carga de bactéria Rickettsia rickettsii no ambiente, terão a ampliação do número de placas de orientação sobre o risco da existência de carrapatos, bem como manterão a roçada baixa, para reduzir a possibilidade de dispersão dos carrapatos”, explica a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Fauzia Abou Abbas Raíza.

Além disso, o trabalho de orientação também atingirá as áreas privadas com grande circulação de pessoas. “Esses espaços privados terão de oferecer a orientação para o visitante sobre o risco da ocorrência de carrapato e prezarem pela zeladoria do espaço”, reforça.

A orientação às pessoas que residem ou trabalham em áreas endêmicas também será intensificada. “Além do material que está disponível no site da Prefeitura de Jundiaí, com todas as orientações, material impresso também será distribuído para conscientização dos riscos e dos cuidados”, lembra a gestora adjunta da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), Dayane Martins.

Encontro foi realizado no Paço Municipal

“Espaços onde há existência ou circulação de hospedeiros (capivaras, equinos e bovinos), área de mata, pastos e campos, principalmente aqueles próximos a cursos d’água, são os locais com maior risco, e, portanto, as pessoas devem se atentar evitando a exposição. Para aqueles que não há como evitar a circulação, o uso de roupas claras, calças e blusas com mangas compridas, com os elásticos nas extremidades, são fundamentais. Além da vistoria no corpo a cada duas horas”, alerta o médico veterinário e coordenador da VISAM, Luis Gustavo Grijota Nascimento.

As Unidades de Gestão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (UGPUMA) e Infraestrutura e Serviços Públicos (UGISP) desenvolverão medidas adicionais aos manejos já existentes, com a disposição de anteparos para evitar a circulação dos herbívoros, além das cercas já existentes em locais com a presença das capivaras.

Cenário
A cidade segue sem oscilações no quadro epidemiológico nos últimos anos. Entre 2017 e 2020, foram dois casos positivos por ano. Em 2021 e 2022, um caso foi registrado em cada ano.

Neste ano, são três casos de febre maculosa em residentes, com dois óbitos. Um dos óbitos foi a partir de com contaminação em Campinas e o segundo óbito é caso autóctone. A terceira ocorrência positiva, também é autóctone, com evolução para a cura.

A confirmação do segundo óbito ocorreu nesta quarta-feira (18) pelo Instituto Adolfo Lutz da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Trata-se de um homem de 48 anos que teve os primeiros sintomas no dia 29 de setembro, sem reporte sobre circulação em área de mata ou picada por carrapato. A evolução foi negativa, com óbito registrado no dia 3 de outubro.

Doença
A febre maculosa não é transmitida de pessoa para pessoa, mas por meio da picada do carrapato-estrela, vetor da bactéria do gênero Rickettsia. Entre os sintomas da doença estão: febre, dor no corpo, dor de cabeça ou manchas avermelhadas pelo corpo. O período de incubação é de 2 a 14 dias.

A orientação é que a pessoa procure atendimento médico imediatamente após o aparecimento de sintomas sugestivos em até 15 dias após ter acessado áreas de risco (de mata, capina, ciliares ou de pasto), independentemente de ter identificado carrapato ou picada no corpo e informe ao médico que esteve nessas áreas. O tratamento oportuno é essencial para evitar formas mais graves da doença e óbitos.

Vale salientar que somente a picada de carrapato, sem os sintomas característicos (febre, dor de cabeça, dor abdominal, manchas na pele, vômito), não exige medicação.

Fonte/Imagem: Prefeitura de Jundiaí


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