Crianças aplicam conteúdo da aula de Inglês em correspondência com amigos nos Estados Unidos
Para unir os conteúdos linguísticos e culturais do ensino de Inglês, a professora Cibele Capatto, da Emeb Armanda Santina Polenti, no Parque São Luiz, apostou numa proposta, ao mesmo tempo, tradicional e ousada. Ao longo do último semestre, ela promoveu aos alunos do 3º ano uma atividade de correspondências por cartas com crianças de uma escola de Hood River, no Oregon, Estado localizado na região noroeste dos Estados Unidos.
“A ideia surgiu quando acessei a plataforma ePals, que, em Inglês, quer dizer amigos por correspondência. Fiz meu cadastro e começamos a trabalhar com a turma do professor Matt Rudledge”, explicou.
Inicialmente as crianças trocaram e-mails, já no idioma estrangeiro. Em seguida, começou o intercâmbio de cartas. A primeira delas, com desenhos e textos, para que os amigos por correspondências conhecem as respectivas realidades. Na sequência, foi a vez da troca de postais. “Como não achei postais para compra, decidi eu mesma montá-los, evidenciando temas da cidade, como o Jardim Botânico, o Mundo das Crianças, o Carnaval e a Uva Niagara Rosada”, comentou a professora.
Para o encerramento das atividades, a turma do 3º ano C fez cartas de Natal e Ano Novo para enviar aos amigos. Pela primeira vez em que escreve uma carta, a pequena Louise Araújo, de oito anos, desenhou algo especial junto com a árvore de Natal e com presentes. “Vou acrescentar um boneco de neve, que aqui no Brasil não tem, por conta do calor, mas que com certeza meu amigo por correspondência conhece, pois lá é frio”.
O Bernardo Silva, de nove anos, compartilha o que aprendeu para fazer a atividade. “Aprendi os meses do ano, para saber como se escreve dezembro, em Inglês, além das palavras usadas para desejar um Feliz Natal e bom Ano Novo. Escrever carta é diferente, deixa uma expectativa, que vira alegria quando a resposta chega”, respondeu Bernardo, que também desenhou um boneco de neve, com gorro de Papai Noel e uma cenoura no lugar do nariz.
“O ‘Desemparedamento da Escola’ do programa Escola Inovadora também se dá desta forma, ultrapassando o muro da sala de aula e explorando conhecimentos geográficos, de costumes e vocabulários, saberes tão caros às aprendizagens de um novo idioma. Sem contar o resgate da correspondência por cartas, algo com que a maioria das crianças ainda não teve a oportunidade de lidar, porém muito relevante na história das comunicações entre as pessoas”, comentou a gestora de Educação, Vastí Ferrari Marques.
Fonte/Imagem: Prefeitura de Jundiaí