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Com risco de epidemia, Jundiaí traça estratégias para conter arboviroses

Publicada em 18/12/2023 às 08:50

Diante do alerta do Ministério da Saúde e do Estado para o risco de epidemia de arboviroses, técnicos de diversas Unidades de Gestão da Prefeitura de Jundiaí traçaram, em reunião realizada quinta-feira (14), novas estratégias para prevenção e enfrentamento da dengue, chikungunya e zika, doenças que podem se agravar e levar à morte. A vereadora Quézia Doane de Lucca, representando o Legislativo, também participou da Sala de Situação da Saúde.

O País registrou, até a semana epidemiológica 49 (9 de dezembro), cerca de 1,6 mil casos de dengue, em torno de 15% a mais do que o ano passado. O Sudeste concentra mais de 50% dessas ocorrências. Somente no Estado de São Paulo, foram 333,5 mil casos. No Município, segundo o último Boletim de Arboviroses, são 1.072 casos de dengue, sendo 910 autóctones e 162 importados, quatro de chikungunya e nenhum de zika.

A Sala de Situação reuniu técnicos de várias Unidades de Gestão e o Legislativo

“Estamos nos preparando e chamando a atenção da população, porque o momento de atuar para tentar minimizar o problema é agora. Enquanto Poder Público, estamos efetuando a compra dos insumos necessários, mas é fundamental que a população faça sua parte, eliminando os criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor das arboviroses. O esforço tem que ser conjunto para evitarmos mais essa crise sanitária”, alertou o gestor de Promoção da Saúde, Tiago Texera.

O cenário se agrava porque, além da variação climática, com aumento das temperaturas e de chuva – que eleva o número de criadouros -, voltou a circular a dengue sorotipo 3, que não havia registro de casos há 15 anos.

“A população tem baixa imunidade, uma vez que poucas pessoas contraíram esse vírus. A doença pode se agravar, principalmente em pessoas que já tiveram a doença e são infectadas novamente, por outro sorotipo. Já existe a confirmação da circulação no Estado. Para o Aedes aegypti não há fronteiras. O risco se aproxima. Se o mosquito não nasce, não tem doença. É a hora de arregaçarmos as mangas”, enfatizou a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Fauzia Abou Abbas Raíza.

Nos quintais, os pratos de vasos continuam sendo os principais criadouros do mosquito

Pratos
Em Jundiaí, 85% dos criadouros do Aedes aegypti estão nos quintais, e o prato de vaso é o principal deles, mostrou levantamento realizado pela Vigilância em Saúde Ambiental (VISAM) em 4,2 mil casas das quatro regiões da cidade, com o objetivo de identificar a infestação do mosquito por meio de amostra de larvas coletadas.

As regiões com maior risco são: Ponte São João, Caxambu, Colônia, Jardim Tamoio, Jardim Pacaembu, Jundiaí Mirim, Vila Nambi, Vila Hortolândia, Vila Liberdade, Vila Rio Branco e Vila Municipal/Centro.

Estratégias
Em complemento ao trabalho permanente realizado pelas equipes da VISAM e da Atenção Básica, de educação e orientação, desenvolvimento de investigação epidemiológica e busca ativa em toda notificação suspeita, a Prefeitura vai ampliar ações em bairros para eliminação de criadouros e conscientização, campanhas a partir dos canais de comunicação e, também, reforçará o trabalho de fiscalização em imóveis fechados.

Em novembro, seis dos bairros mapeados como de maior risco foram percorridos pela equipe da Vigilância em Saúde, com o apoio de soldados do 12º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC) Barão de Jundiahy, para nova vistoria e orientação. O órgão também iniciou uma série de treinamentos voltados aos responsáveis por Pontos Estratégicos (PEs), locais como borracharias, comércios de recicláveis, floriculturas, empresas e ferros-velhos, ambientes que por suas características podem ter grande quantidade de criadouros.

Boletim
Para que a população acompanhe os casos, está disponível no site da Prefeitura o Boletim de Arboviroses.

Fonte / Imagem: Prefeitura de Jundiaí


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