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Janeiro Branco encerra com aumento nos atendimentos em saúde mental

Publicada em 31/01/2024 às 14:19

Denominado ‘Janeiro Branco’, o primeiro mês do ano tem intensificadas as ações relativas à saúde mental. Após a pandemia da COVID-19, a demanda apresentou aumento de quase 30% em relação a anos anteriores. Em 2023, na comparação com o ano anterior, o número de atendimentos específicos na Rede de Atenção Psicossocial (engloba Atenção Primária e Secundária), 93.715.

Como forma de marcar o mês, as equipes da Clínica da Família Vila Hortolândia, UBS Morada das Vinhas, Centro De Convivência, Cultura, Trabalho e Geração de Renda (Cecco) e do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) III, reuniram os grupos de atendimento para uma caminhada, pelas ruas da Vila Hortolândia, na manhã desta quarta-feira (31). Outras unidades também realizaram ações como roda de conversas, atividades de ioga, auriculoterapia entre outros.

De acordo com a médica de Saúde da Família, Tatiane de Luca Barbosa, cerca de 80% das demandas de saúde mental que chegam à Clínica da Família Hortolândia são de ansiedade. “Em 2024, primeiro mês do ano, já tivemos cerca de 100 atendimentos com demanda de Saúde mental na Clínica da Família Hortolândia. Os casos, em sua maioria são leves, sem necessidade de uso de medicação. As terapias ocupacionais, ioga, ginástica e auriculoterapia são atividades disponíveis em toda a rede de Jundiaí e que promovem o cuidado”, relata.

Neste ano, o tema escolhido nacionalmente é “Saúde Mental enquanto há tempo: O que fazer agora?”. “De forma geral, podemos afirmar que o sofrimento psíquico possui múltiplas causalidades. Entre as causas mais frequentes, podemos citar: a intensificação de conflitos familiares, as questões econômicas e sociais (desemprego, dificuldade de acesso à renda), a vivência de situações de violências e a própria organização social contemporânea, contribui para a intensificação das questões de saúde mental da nossa sociedade”, explica o coordenador de Saúde Mental da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), Alexandre Moreno Sandri.

A aceleração da vida, a pressão por performance, o apagamento das fronteiras entre o trabalho e a vida privada, a exposição constante a uma grande quantidade de informação, o uso excessivo da tecnologia, especialmente das redes sociais, e a profunda desigualdade no acesso à saúde, educação, cultura, lazer, habitação são alguns dos gatilhos sociais para sofrimentos. No município, em 2023, os atendimentos na RAPS tiveram um aumento de 28,8%, em comparação ao ano anterior. Os casos de depressão e ansiedade foram responsáveis pela maioria dos atendimentos. Em 2023, segundo dados da coordenação de saúde mental, foram registrados 93.715 atendimentos em toda a rede (UBS/NASF e CAPS).

Janeiro Branco com caminhada, na Vila Hortolândia

Atendimento

A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) de Jundiaí conta, atualmente, com 04 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), sendo dois serviços para adultos (CAPS III e CAPS II), um serviço para crianças e adolescentes (CAPS Infantojuvenil) e um serviço para pessoas com necessidades decorrentes do uso de álcool e drogas (CAPS AD III). O CAPS III e o CAPS AD III operam com funcionamento 24hs, tendo condições de oferecer aos usuários atendidos pelo serviço, nos momentos de agravamento do quadro, a hospitalidade integral (ou seja, permanência diuturna no serviço).

As equipes que compõem os CAPS são multidisciplinares, sendo compostas por enfermeiros, psicólogos, terapeutas ocupacionais, médicos, técnicos de enfermagem, assistentes sociais, entre outros. Hoje, os CAPS de Jundiaí funcionam com portas abertas, portanto, não há a necessidade de agendamento prévio, ou encaminhamento de outro serviço, para a realização do acolhimento (primeiro atendimento no serviço).

A RAPS de Jundiaí também contempla 35 Unidades Básicas de Saúde, apoiadas por 08 equipes do NASF (Núcleo Ampliado de Saúde da Família), que realizam o atendimento às pessoas que apresentam sofrimento psíquico de maneira descentralizada, compostas de forma multiprofissional com psicólogos, terapeutas ocupacionais, psiquiatras, assistentes sociais, educadores físicos, nutricionistas e fisioterapeutas. A RAPS conta, ainda, com uma equipe de Consultório na Rua, que consegue acessar usuários que se encontram em situação de altíssima vulnerabilidade e que não conseguiriam acessar os serviços de saúde “tradicionais”.

Fonte/Imagem: Prefeitura de Jundiaí


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