Assistidos pelo Instituto Luiz Braille participam de ação no Terminal Central
A Unidade de Gestão de Mobilidade e Transporte (UGMT), por meio do Departamento de Transporte Público (DTP), em parceria com o Instituto Jundiaiense Luiz Braille, promoveu na manhã de segunda-feira (25) no Terminal Central, uma ação de inclusão com os assistidos do Instituto. O objetivo foi reabilitar, desenvolver e devolver a mobilidade às pessoas, incentivando a prática autônoma ou semiautônoma para pessoas com deficiência visual, ou baixa visão, resultando na integração à sociedade.
“O intuito da ação é que os assistidos participem de um treinamento de Orientação e Mobilidade, pois, muitos possuem dificuldades em utilizar o transporte público, não conhecem um ônibus, não sabem a dimensão dele, por isso esse processo é tão importante na reabilitação dessas pessoas. É um treinamento com a maior segurança possível”, explica o professor de Orientação e Mobilidade do Instituto Jundiaiense Luiz Braille, Eduardo Drezza.
A instituição conta com 182 pessoas que passam por atendimento, sendo 103 adultos, 68 crianças e 11 adolescentes, atendidos diariamente. No treinamento participaram 13 assistidos.
A Gisele de Oliveira levou o filho Leonardo de Oliveira, de 6 anos na ação. Para ela isso vai fazer uma diferença enorme na evolução e sociabilidade do garoto. ”Ações como essa são muito importantes para garantir a acessibilidade e a mobilidade dele. Essa interação com outras pessoas vai melhorar o convívio e dar mais autonomia para o Leonardo”, explica a mãe.
E o Leonardo adorou. “É muito legal estar no meio dos adultos. Eles estão me tratando bem. Gostei de conhecer o ônibus e vou falar para todos meus amigos que andei de ônibus hoje”, comenta o Leonardo.
“A Unidade de Gestão de Mobilidade e Transporte (UGMT) está sempre fazendo e apoiando inciativas que envolvam uma educação eficaz para o trânsito, projetos que desenvolvam a empatia nas pessoas, um olhar diferenciado para quem, por algum motivo, tenha uma deficiência física, visual, motora ou algum tipo de restrição à mobilidade. Recentemente tivemos o “Sentindo na Pele” no Centro de Jundiaí. Lá reproduzimos situações reais para que as pessoas sentissem na pele as dificuldades encontradas no dia a dia de um cadeirante, por exemplo, para subir ou descer do ônibus. Então esse tipo de ação visa contribuir com a sociedade”, explica o Diretor do Departamento de Transporte Público, Leslie Tealdi.
Jundiaí conta atualmente com uma frota 230 ônibus, todos adaptados, 92 com ar-condicionado, todos com sinal de wi-fi e 4 câmeras de segurança por veículo, proporcionando maior conforto e acessibilidade aos usuários.
A aposentada Raquel Rolim, perdeu a visão a três anos, para ela essa ajuda é essencial na sua reabilitação. “Eu fui perdendo a visão por conta de uma Degeneração da Retina e por conta disso eu tive que reaprender a viver e trabalhos como esse ajuda muito no processo de ressocialização e autonomia”, explica Raquel Rolim.
Depois da explicação foi a hora de dar uma volta de ônibus pelas ruas de Jundiaí. Muitos entraram pela primeira vez num coletivo, caso Leandro Matheus, de 18 anos, que é deficiente visual desde que nasceu. Para ele hoje foi um dia mais que especial, pela primeira vez andou de ônibus sozinho. “É uma sensação diferente porque eu nunca tinha andado de ônibus sozinho, a sensação de liberdade é gratificante porque nós temos que viver, a vida não pode parar”, conclui Leonardo Matheus.
Fonte/Imagem: Prefeitura de Jundiaí