Internacional: jundiaiense acompanha situação pós-terremoto no México
Por Pedro Fávaro Jr.
O jundiaiense Pedro Brito, gerente de marketing de um site de classificados na Cidade do México, testemunhou e viveu o drama do terremoto de magnitude 7,1 na escala Richter, que atingiu o México há exatos dez dias. Conta que a vida, na Cidade do México, onde até agora foram contabilizadas 330 mortes pelo terremoto, vai se normalizando lentamente, com bastante dificuldade.
“Mas desde aquela terça-feira, desde o dia 19, dia do terremoto, não consigo dormir direito”, revela pouco depois de chegar do trabalho. Recorda que o sismo foi muito mais forte e diferente dos terremotos que testemunhou, quando morou em Los Angeles. “Foi muito mais forte. E a terra se moveu de baixo para cima”, escreveu pelo Facebook.
Conta haver muita gente ajudando, de muitos modos as vítimas flageladas com o fenômeno na Cidade do México. “Ainda tem muita gente sem escola, sem aula; o trânsito não voltou ao normal; ainda não terminaram os resgates dos corpos”, lamenta Brito. Todavia, o pior segundo ele, é o fato de que nos outros estados mexicanos, onde a exposição à mídia é baixa, falta de tudo e a ajuda é bastante escassa.
SITUAÇÃO E SUSTO
Além da Cidade do México, os estados mais atingidos pelo terremoto foram Puebla, Morelos e Guerrero – em todos eles houve mortes. Há dois dias, o vulcão Popocatépetl, a 55 km da Cidade do México, registrou exalações de baixa intensidade e produziu dois sismos vulcânicos, provocando a queda de cinzas em zonas vizinhas. As informações foram confirmadas pelas autoridades mexicanas.
Em boletim, o Centro Nacional de Prevenção de Desastres (Cenapred) garantiu que a atividade não possui qualquer ligação com o terremoto do dia 19. Conforme o mesmo boletim, os terremotos vulcânicos foram registrados na manhã de terça-feira (26) e outro na madrugada desta quarta-feira (27), ambos com magnitude 1,8. Os movimentos causaram a queda de cinzas em algumas localidades do Estado do México e de Morelos, ambos vizinhos à capital mexicana.
O Popocatépetl, conhecido como “Don Goyo”, é o segundo cume do México, com 5.452 metros de altitude. Fica na adjacências de Puebla, Morelos e Estado do México e registra constantemente exalações que geram colunas de cinzas de até 10 km de altura, algumas vezes.