EXCLUSIVO TVTEC: Fausto Dias comenta sobre futuro no Galo
O TECNEWS desta terça-feira (29) contou com um convidado ilustre. Nascido em JundiaÃ, o técnico Fausto Dias rodou o mundo da bola até embarcar em sua primeira experiência como treinador profissional justamente em sua cidade-natal, no comando do Paulista. Pelo Galo, são dois acessos em dois campeonatos disputados, ganhando o tÃtulo da “Bezinha” em 2024.
Na bancada, Rafael Santos e Rivelino Teixeira bateram um papo com o treinador, que falou sobre os acessos conquistados, relação da cidade e da imprensa com o time, conversas com a diretoria do clube, chegada da SAF, permanência no clube e muitos outros assuntos. Confira a Ãntegra e as principais aspas do treinador, destacadas abaixo:
- Relação com a torcida e com a imprensa:
“A gente consegue esclarecer muita coisa para o torcedor e aproximar o torcedor da gente. Vocês têm essa força, esse poder! Acho que o Paulista teve um distanciamento da torcida, de patrocÃnio, de tudo. Por conta da má fase, se fechou. E acho que uns dos trabalhos meus é aproximar, abrir portão pro treino. […] Se tivermos unidos, imprensa, torcedor e o clube, nós vamos seguir avançando a passos largos para onde o Paulista nunca devia ter saÃdo. […] A retomada é de todos, né? O Paulista é de JundiaÃ, ou seja, o Paulista é da imprensa, é do cidadão jundiaiense, é do empresário jundiaiense.”
- Sobre sua contratação:
“Já agradeci a presidência do clube, agradeço muito a Deus porque eles foram, no mÃnimo corajosos, era o último mandato do presidente Rodrigo e ele apostou em trazer um treinador que não tinha treinado ninguém e nem ganhado nada”
- Nova geração de torcedores:
“Fui numa pracinha no Jardim Carpas, eles tavam brincando ali, tinha uma quadra de futebol e tinha umas cinco camisas do Paulista. Isso daà me toca, porque quando eu assumi essa grande responsabilidade, se via na rua só camisa do Lousano (antigo nome do Galo). No dia da final da “Bezinha”, eu vi umas cinco ou seis camisas só no caminho de sete minutos e comecei a chorar.[…] É uma avalanche de camisa na cidade […] nós tomamos a dianteira e hoje o Paulista é o clube, junto com o XV de Piracicaba, que mais vende. A Festa da Uva foi uma coisa linda!”
- Pressão e Responsabilidade:
“Foi um grande desafio. Ao mesmo tempo que era uma grande oportunidade para minha carreira, era uma pressão incrÃvel. Muita gente da minha famÃlia falou “cara, deixa isso para lá”. Eu tava no SKA Brasil, no sub-20 e alguns times grandes, gigantes, do Brasil estavam me entrevistando, porque eu estava fazendo um bom trabalho no sub-20. O São Paulo tinha tido uma conversa comigo, o RB fez uma proposta para eu descer um degrau para o (sub) 17 e eu não fui aceitando, até que apareceu essa do Paulista. Parecia uma loucura para os dois lados, tanto pro Paulista, que trouxe um treinador inexperiente, quanto para mim”.
- Comissão Técnica:
“Eu tenho estudado muito, tenho uma comissão que é fora da curva. Isso não quer dizer que sempre vai dar resultado, porque futebol é assim. Mas hoje nós temos uma comissão a nÃvel de, no mÃnimo, uma Série A2.”
- Derrota na final da A4:
“Quem me conhece, sabe. Eu fiquei o domingo inteiro de “ressaca” pela derrota. A gente queria ganhar, nós trabalhamos para ser campeão, mas, com um a menos, complicou. Também volto atrás e digo que a lesão do Filipinho (atrapalhou)”.
- Futuro do Galo e SAF:
“Nós estavamos juntos com o presidente Rafael, falando um pouco do que nós temos em mente, para ver se a gente está na mesma página, né? O que o clube pensa e o que nós pensamos da comissão, mas também falei que gostaria de ouvir a SAF. […] Eu sei o mÃnimo possÃvel, mas parece que tudo vai caminhando muito bem. O que eu sei é que não existe um prazo para fazer a assinatura final, existe multa para ambas as partes (em caso de desistência do acordo) e o processo hoje está nos acordos trabalhistas, tentando reduzir aqueles R$82 milhões de dÃvida.”
- Expectativas para a Copa Paulista:
“Agora o projeto é já desenhar um time novo para a A3, mas usar a Copa Paulista como laboratório. Desse elenco nosso devem ficar uns 15, 16 e a gente trará umas seis, sete peças, já como laboratório. […] O Paulista não aceita outra coisa […], vai ter que brigar para estar no mata-mata de novo, nós sabemos disso. Já falei lá para ninguém se enganar, a cobrança vai ser maior ainda.”
- Permanência no Galo:
“Quando eu cheguei, falei algumas vezes que o meu sonho é, pelo menos, colocar o Paulista na A2, e está próximo, né? Se a gente renovar mais um ano, e (a diretoria) me der jogador, me der condições… A gente está na A3 e pode estar na A2, acho que é o mÃnimo (patamar) que o Paulista tem que estar. […] Nós devemos sentar até sexta (02) para falar da minha situação e da situação da comissão. A minha comissão encerrou o contrato essa semana, eu tenho contrato até novembro. […] Temos algumas especulações, clubes de divisões acima procuraram, fiquei feliz, mas eu gostaria de seguir (no Paulista), de dar prosseguimento.”
- Em caso de tÃtulo da Copa Paulista: Série D ou Copa do Brasil?
“Eu acho que hoje, pelo cenário, eu escolheria Série D.”