Capoeira como ferramenta de inclusão: Projeto atende crianças com autismo em Jundiaí
Em Jundiaí, o esporte tem se mostrado uma poderosa ferramenta de inclusão social. O projeto “Vem Jogar Mais Eu”, idealizado pelo professor Rafael “Buiú”, chega ao seu terceiro ano com um propósito transformador: promover o desenvolvimento de crianças com transtorno do espectro autista (TEA) por meio da capoeira. A iniciativa atende, em média, de 20 a 25 alunos e agora conta com o apoio do Fundo Social de Solidariedade. Além da prática esportiva, o projeto oferece acolhimento e integração entre as famílias, professores e alunos, com foco no desenvolvimento motor, cognitivo e social das crianças.
“A gente sabe que a defasagem motora é grande, assim como a cognitiva. A interação social também é difícil. Durante o esporte, é desafiador para essas crianças entenderem a dinâmica. Por isso, surgiu a necessidade de adaptar a capoeira com um olhar acolhedor, respeitando as estereotipias e promovendo a interação entre elas”, explica o professor “Buiú”.
A importância da iniciativa também é sentida pelos pais. Agnaldo Portela, pai do pequeno Miguel, compartilha sua experiência:
“Já faço alguns trabalhos com meu filho hoje. Não é fácil, principalmente para um pai ou mãe, cuidar de uma criança com autismo. Mas com os grupos de capoeira, a gente vai desenvolvendo e as outras crianças também ajudam nesse processo.”
A iniciativa também conta com a parceria do Clube de Mães Atípicas, que atua junto às famílias e reforça a importância da união entre esporte, educação e afeto.
“Sou muito feliz com o clube de mães. É um sucesso. Hoje comemoramos três anos do projeto ‘Vem Jogar Mais Eu’ – TEA. É um pessoal muito engajado na inclusão. Esporte, educação, clube de mães e fundo social – tudo unido. Estou muito feliz e com certeza será um sucesso”, afirma a presidente do clube de mães atípicas e do Fundo Social, Ellen Martinelli.
O espaço onde as atividades acontecem foi recentemente revitalizado pela Prefeitura de Jundiaí, em parceria com as secretarias de Educação e Serviços Públicos.
Com o apoio da comunidade e do poder público, o “Vem Jogar Mais Eu” reforça a importância da inclusão por meio do esporte, promovendo não apenas o desenvolvimento das crianças, mas também esperança e empatia entre as famílias.
Fonte / Imagem: Redação TVTEC
