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Brasileiros desenvolvem curativo à base de abacaxi

Publicada em 03/07/2018 às 10:47

Proteína do abacaxi remove as células mortas de feridas, ‘limpando-as e acelerando sua cicatrização’, diz pesquisadora (Foto: Divulgação)

A associação de uma proteína do abacaxi com celulose produzida por bactérias resultou em um curativo eficiente como anti-inflamatório cicatrizante de ferimentos, ulcerações e queimaduras, segundo trabalho de pesquisadores das universidades de Sorocaba (Uniso) e Unicamp, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Eles produziram um composto na forma de gel que tem como base a proteína do abacaxi, chamada de bromelina, e a celulose bacteriana, dois elementos que já vinham sendo estudados há tempos para aplicações nas áreas médica, farmacêutica e cosmética. A bromelina tem a propriedade de quebrar moléculas de outras proteínas – o chamado debridamento celular – e, por isso, é usada até para amaciar carne.

“Essa mesma característica faz com ela remova as células mortas na ferida, limpando-a e acelerando sua cicatrização”, explica Janaína Artem Ataide, da Unicamp, autora principal do artigo publicado no periódico Scientific Reports, do grupo Nature, que mostra os resultados do trabalho conjunto.

Para realizar os testes, as membranas de nanocelulose bacteriana foram mergulhadas por 24 horas em uma solução de bromelina. Os pesquisadores observaram que, 30 minutos após ela ser incorporada à celulose, houve maior liberação e aumento de nove vezes na atividade antimicrobiana da membrana.

O novo curativo já passou a pela primeira fase de desenvolvimento de um medicamento, que é feito em laboratório, para verificar se tem o efeito desejado e não é tóxico. Agora virá a fase dois, que são os testes com animais.

(Fonte: G1)


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