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Mundo vê perdas no Museu Nacional como ‘incalculáveis’

Publicada em 03/09/2018 às 11:32

The Washington Post

O incêndio que consumiu, na noite deste domingo (2) e na  madrugada desta segunda-feira (3), o acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro é destaque no noticiário mundial. O Clarín, da Argentina, traz entre os destaques de capa a história do incêndio que destruiu o acervo com cerca de “20 milhões de peças valiosas”, que datam da época do Império. O jornal lembra que o Museu comemora, em 2018, 200 anos de história.

O El País do Uruguai diz que o incêndio “devorou uma joia cultural” do Brasil. A reportagem do jornal afirma que, enquanto queimava o Museu, a tristeza e a raiva se misturavam à indignação de investigadores, professores e alunos, que já articulavam, na internet, protestos para esta segunda-feira (3) na frente da instituição.

O jornal chileno El Mercurio traz estampada na capa uma foto do museu em chamas e conclui que o Brasil “perde dois séculos de história”. O periódico peruano El Comercio ressalta a majestosidade do prédio, que foi devorado pelas chamas, “sem que os bombeiros conseguissem controlá-las”.

The Guardian

Na Europa, os principais veículos também noticiaram o incêndio. No El País espanhol, o destaque é o fato de o museu ser “a mais antiga instituição científica e de história natural do país, criada pelo rei João VI em junho de 1818, quando Brasil ainda era una colônia de Portugal”. O jornal destacou ainda o fato de as causas da tragédia serem desconhecidas. O português Público traz o incêndio como matéria principal, na capa, com uma galeria de fotos das chamas consumindo o palácio.

BBC News

A britânica BBC também publica, com destaque na capa, o devastador incêndio que consumiu, entre milhares de objetos, a Luzia, o mais antigo esqueleto humano encontrado nas Américas, que remete a 12 mil anos, e representa uma jovem entre 20 e 24 anos. Já o The Guardian ressalta a perda “incalculável” para o Brasil.

O francês Le Figaro publica um vídeo com entrevistas. O italiano Corriere della Sera afirma que o acervo já “não existe mais”, e ressalta a falta de manutenção do “museu mais antigo do Brasil”.

Nos Estados Unidos, os principais jornais também deram destaque à tragédia. O Washington Post ressaltou a batalha dos bombeiros contra o fogo no museu que “abrigava artefatos do Egito, arte greco-romana e alguns dos primeiros fósseis encontrados no Brasil”.

O New York Times afirma que incêndio “engole” museu, ameaçando centenas de anos de história. A CNN lembrou que o maior meteorito já encontrado no Brasil também estava preservado no museu. Ele pesava 5,36 toneladas e foi encontrado em 1784.

Corriere Della Sera

(Fonte: Agência Brasil)
(Imagem destacada: G1)


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