Coronel psicóloga da PM fala do suicídio na corporação

Depois da reflexão do psiquiatra Neury Botega, foi a vez da tenente-coronel da PM, Valdira Lima, psicóloga, que falou da “vida como prevenção da morte”. “A minha relação com o suicídio começou aos 18 anos quando perdi um amigo e me senti muito culpada a respeito”, contou. Foi por essa razão que ela se tornou estudiosa do tema, contou ao publica de mais de mil pessoas. Segundo ela, a PM de São Paulo tem um Sistema de Saúde Mental com núcleo de atendimento psicossocial em todo o Estado.

Monica, Coronel Valdira e doutor Neury, no primeiro bloco de reflexões

“Nosso acompanhamento nos diferencia porque nos quantificamos os atendimentos nessa área de suicídio. Mas eu prefiro não quantificar, mas falar da qualidade. Quando recebemos uma notificação de tentativa de suicídio de um policial, nos o acompanhamos”, informou. Acrescentou que outra coisa é o treinamento da equipe que trabalha no setor. “O importante é falar, quebrar tabu como estamos fazendo hoje. Falar disso entre policiais também é”, disse a coronel piscóloga. Ela divulgou para o público estatísticas comparativas entre as ocorrências entre policiais e o público comum. “Os fatores são múltiplos. Mas a maioria acaba acontecendo entre homens e por conflitos conjugais”, encerrou. (Por Pedro Fávaro Jr.)