Ruas são pintadas de azul na tentativa de diminuir calor e gasto de energia elétrica
A prefeitura de Tietê começou a pintar, no início deste ano, as ruas da cidade de azul. A medida foi tomada para diminuir a temperatura ambiente, já que o asfalto escuro absorve muita luz e calor. O secretário de Meio Ambiente, George Nicolosi, explicou que estudos apontam que a cor azul reflete mais a luz, o que favorece a redução da temperatura do piso.
Segundo ele, com a diminuição do calor, os moradores podem reduzir o uso de ventiladores e ar-condicionado. “Você tem um ambiente com temperatura mais amena e vai demandar menos capacidade de resfriamento de um ar-condicionado, por exemplo, e vai consumir menos energia. Embora o branco absorva mais, ele tem uma particularidade de gerar muita luminosidade e causa transtorno visual. Azul favorece conforto visual e térmico”, afirma Nicolosi. O secretário acredita que a economia nas contas de energia possa chegar a 10%.
A pintura começou nas ruas do comércio em frente à Secretaria de Meio Ambiente. O objetivo, de acordo com a prefeitura, é que o azul tome conta de outras vias. O secretário percorreu a rua com a equipe de reportagem com um termômetro. No asfalto sem pintura a temperatura chegou a 54°C. Já na área com tinta azul o termômetro marcou 47°C. “O Legislativo e o Executivo já tomaram conhecimento do material e confirmaram dar continuidade nisso. É uma prática que melhora o conforto da comunidade. A lata utilizada para fazer a pintura é de 18 litros e custou R$ 130”, afirma o secretário.
De acordo com o engenheiro agrônomo e professor de meteorologia da UFSCar, Daniel Nassif, quanto mais próximo ao branco o ambiente fica menos aquecido. “Quanto mais próximo do branco, menos aquecido o ambiente fica. Então, você tem essa relação de ganho de conforto técnico. É uma ideia interessante, usada em vários países da Europa, nos Estados Unidos, Japão”, diz. “Aqui no Brasil a gente consegue enxergar construções novas com telhados mais claros e com cores mais claras para conforto térmico e custo de energia mais baixo para resfriamento do imóvel”, explica.
(Fonte: G1; Imagens: Reprodução/TV TEM)