Cabeleireira mais antiga de Jundiaí tem salão na Vila Hortolândia há mais de 40 anos
Maria Aparecida Bonafé Zanune, mais conhecida como Cidinha, começou a cortar cabelos em 1970, mas no dia 1 de abril de 1977, cadastrou o salão na Prefeitura e recebeu a licença para exercer a profissão.
Quase 42 anos se passaram e Cidinha continua firme e forte fazendo aquilo que ela ama. “Eu já trabalhei muito. Mas muito mesmo! Hoje eu ainda atendo, um pouco menos do que antes, mas atendo”, conta.
Cidinha contou que não é jundiaiense, mas adotou a cidade no coração há muitos anos. Ela explica que morava em Dois Córregos, interior de São Paulo, e chegou em Jundiaí aos 15 anos. “Saímos da roça e viemos para Jundiaí com toda a família”, relembra.
Quando abriu seu próprio salão, ela morava no bairro Agapeama e usou um espaço na casa da mãe, que morava na Vila Hortolândia, para tocar seu negócio. “Eu só dormia na Agapeama. Eu trabalhava tanto, mas tanto, que passava mais tempo aqui do que lá”.
Por trás de tanto trabalho, o objetivo era oferecer uma educação de qualidade para o filho pequeno. “Com o dinheiro do salão, eu ajudei a pagar a escola do meu filho. Depois, ele fez faculdade e hoje é engenheiro”, conta.
O salão é pequeno, porém muito organizado e aconchegante. Apesar de ainda exercer a profissão com muito amor, Cidinha reconhece que os tempos são outros e que, hoje, as pessoas preferem salões maiores.
“A minha clientela é de pessoas mais idosas. Eu atendo pouquíssimos jovens. De uns anos para cá, as coisas mudaram. Antes eu ainda atendia 15 pessoas no dia, em média. Hoje atendo duas, três e, às vezes, nenhuma”.
“Eu só vou parar quando não der mais pra mim ou se eu morrer. Caso contrário, estamos aí”, afirma Cidinha, empolgada, provando mais uma vez que ama o que faz.
(Tribuna de Jundiaí)