Catedral de Jundiaí fica lotada em missa que marca início da Campanha da Fraternidade
O fim do carnaval marca o início de um período muito importante para a igreja católica. Começa a Quaresma e, com ela, da Campanha da Fraternidade. Este ano, o tema é fraternidade e políticas públicas. A ideia é identificar os direitos e deveres da sociedade, e pôr alguma ação em prática para ajudar e orientar a população. A voluntária Célia Regina de Moura Silva já faz isso há 17 anos em Jundiaí (SP).
O lançamento da campanha foi realizado no início da Quaresma, período de 40 dias que antecede a Páscoa. Na celebração de abertura, a Catedral Nossa Senhora do Desterro ficou lotada.
A missa contou com a presença do bispo diocesano Dom Vicente Costa, que falou sobre a importância do envolvimento das pessoas nas questões políticas e sociais.
“Há tantas maneiras da gente dar contribuição para a sociedade, às vezes n a própria casa, no local de trabalho, na comunidade onde a gente mora, para que tudo seja feito com dignidade, onde a vida seja uma vida melhor para todos”, diz Dom Vicente Costa, bispo diocesano.
O tema será refletido nas missas e nas reuniões com a comunidade. O objetivo é estimular as pessoas a participarem das políticas públicas, seja atuando como fiscais das administrações públicas ou até mesmo identificando os problemas e sugerindo soluções.
Célia é uma fiscal da saúde: visita todas as UBSs de Jundiaí (SP), ouve as pessoas e leva reclamações e sugestões para a prefeitura. Ela faz parte do Conselho Municipal da Saúde e todos os dias dedica pelo menos quatro horas ao trabalho, sem ganhar nenhum centavo por isso.
“É um dever participar. Porque se não participar, nós não sabemos como lidar, não sabemos onde cobrar”, conta a voluntária.
Com a ajuda de Célia, vários programas foram implantados na cidade, como o dos agentes comunitários, do médico da família e até o Samu. Tudo começou quando ela fez parte de um projeto da igreja católica que visitava pessoas doentes.
“Levando a eucaristia para os irmãos, percebi que eles não necessitavam só da espiritualidade. O próprio Senhor Jesus me despertou para ajudar aqueles irmãos que não conseguiam acesso às informações da Saúde”, diz Célia.
Na Unidade Básica de Saúde do Eloy Chaves, muita coisa mudou depois que a comunidade começou a ajudar a gestão do local. Em Jundiaí são 31 conselhos municipais que contam com a participação voluntária da população.
“A população traz pra nós as queixas, as necessidades, os elogios e em cima disso que a gente consegue moldar o nosso serviço e adequar de acordo com as necessidades do bairro”, explica Karina Rios Oliveira – gerente da UBS.
(Fonte: G1; Imagens: reprodução TV TEM)