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Governador do Rio diz que presos por morte de Marielle podem fazer ‘delação premiada’

Publicada em 12/03/2019 às 15:20

O governador Wilson Witzel do Rio de Janeiro, o secretário de Polícia Civil do Estado, Marcus Vinícius Braga, e delegados da Delegacia de Homicídios (DH) concederam entrevista coletiva, no fim da manhã desta terça-feira (12), para dar esclarecimentos sobre a Operação Lume que culminou com a prisão de do PM reformado Ronnie Lessa e do ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, suspeitos do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Governador do Rio fala sobre prisão dos acusados da morte de Marielle

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“Esses que foram presos hoje poderão fazer uma delação premiada”, afirmou Witzel, após falar sobre a comparação dessa investigação com a Lava Jato e a possibilidade de novas fases da investigação do caso Marielle. O governador ainda destacou que hoje o estado trouxe respostas à população. “É uma resposta importante que nós estamos dando para a sociedade”, disse

O sargento reformado Ronnie Lessa é apontado como autor dos 13 tiros que mataram Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. Ele já foi homenageado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Outro detido, Élcio Vieira de Queiroz teria dirigido o carro que perseguiu a vereadora. Ele foi expulso da Polícia Militar em 2015.

Os investigadores agora tentam esclarecer quem foi o mandante e qual a motivação do crime. O chefe da Divisão de Homicídios, Giniton Lages, justificou o tempo da investigção. “Esse é um dia muito especial porque é um ano de investigação, um ano de comprometimento desses policiais. É preciso que a imprensa entenda que o sigilo em algumas informações é imprescindível”, garantiu Giniton.

“Em 80% dos casos, os assassinatos são solucionados por meio de testemunhas – e isso não seria possível nesse caso”, garantiu o delegado, enfatizando que Ronnie é um policial reformado que passou Batalhão de Operações Especiais (Bope), considerado a tropa de elite da PM do RJ.

Segundo ele, o sigilo de 2.428 antenas foi quebrado para monitorar celulares na investigação do caso. “Foram quebradas mais de 33 mil linhas telefônicas analisadas e 318 linhas telefônicas interceptadas”. A polícia também monitorou 443 carros da marca Cobalt na cor prata. Com os filtros de horário e local, os policiais chegaram a 126 carros, trabalhados um a um. “É só conversar com os proprietários de Cobalt. Todos foram visitados”, garantiu Giniton.

(Fonte: G1; Imagem: reprodução TV Globo)

 


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