Mãe de Jundiaí deixa mensagens nos lápis de cor da filha e ação pode virar projeto em Emeb de Jundiaí

Despertar um novo olhar para a escola, um olhar amoroso, maternal, aconchegante. Tudo começou quando Alessandra Teixeira, professora em uma escola municipal de ensino básico de Jundiaí viu, no Facebook, a atitude de uma mãe norte-americana que deixava mensagens escrita nos lápis para a filha. Aí resolveu assumir esse carinho positivo, ativo, e também começou a escrever mensagens nos lápis de cor da filha Thainá, de oito anos.

Alessandra planeja transformar a ideia num projeto para trabalhar a autoestima de seus alunos no próximo trimestre. “Estou pensando em propor a ideia na escola e para a Unidade de Gestão de Educação”, conta. “Achei muito bacana a repercussão de tudo isso e o que é bom e dá certo a gente precisa aproveitar”, afirma.

Nesses tempos de tanto desamor e violência, a professora acha importante garantir um olhar de amor às crianças, especialmente a partir da educação. “As frases nos lápis podem ser uma das ações que garante esse olhar”, diz. E conta que quando decidiu fazer os lápis para Thainá, acreditou que deixaria a filha mais feliz.

A primeira intenção ao escrever as frases foi a de que a filha se lembrasse do amor que a mãe sente por ela e dos valores que ensina à filha no dia a dia.”Na hora, quando encampei a ideia, o que me motivou foi o sentimento materno, foi a possibilidade de acompanhar e incentivar a minha filha com aquela atitude”, argumenta.

Alessandra busca permanentemente incentivar a filha, tanto no aspecto pessoal, quanto nos estudos. “Ela é uma menina muito esperta e eu tenho tentado, com paciência, despertar o melhor que ela possa ser”, fala como mãe e com uma ponta de orgulho. Não é para menos. Ao indagar da filha sobre o que a menina achava das mensagens nos lápis a resposta foi: “incrível, tenho muita sorte, pois me sinto muito amada por Deus e por minha mãe”.

Como pedagoga, Alessandra acredita que no aprendizado, os lápis irão ajudar bastante Thainá. “Penso que, talvez, mesmo que eu não esteja presente, ela possa se lembrar exatamente do que eu lhe ensino diariamente, tomando atitudes assertivas”, avalia, dando uma das razões pelas quais pretende propor a ideia como projeto inovador para a escola onde atua.

(Pedro Fávaro Jr.)