Gato chama atenção ao cuidar de filhotes de rua em JundiaÃ
Um acolhimento um tanto quanto curioso no mundo animal tem chamado a atenção em JundiaÃ. Apesar de ser macho, o gato Mingau, de 2 anos, passou a fazer o papel de “mãe” dos filhotes de rua que sua dona, a empresária Danielle Fogaça, abriga temporariamente em casa. Danielle conta que Mingau também foi resgatado das ruas e sempre foi um gato arisco. Tanto é que, quando ela chegou em casa com os gatinhos, ficou com medo, pois Mingau foi direto para cima deles.
A empresária lembra que o primeiro animal resgatado por ela foi um cachorro, que estava sozinho próximo à rodoviária de JundiaÃ, um ano atrás. Embora ela já ajudasse ONGs da causa animal, nunca havia resgatado nenhum bichinho antes.
Segundo Danielle, Mingau até “dá banho” nos filhotes e sente ciúme deles. “Os ‘bebês’ realmente acham que estão com a própria mãe e até procuram a teta para mamar. O Mingau me ajuda com os resgates, pois os bebês ficam sob os cuidados dele até eu achar um lar definitivo. A maioria dos animais resgatados por Danielle precisa ser alimentada através de uma seringa com uma fórmula de leite até começar a comer. A empresária relata que os primeiros gatinhos que resgatou tinham 15 dias de vida e Mingau passava o dia todo deitado com eles.
O próximo passo após cuidar dos filhotes é encontrar novos lares para eles. Danielle explica que divulga fotos dos bichinhos em uma página criada em uma rede social, a “Gatinhos do Amor”.
Caso raro
Para entender o caso de Mingau, explica o médico veterinário Adelmo Miguel, é necessário entender primeiramente uma situação parecida que acomete as fêmeas. “É raro de acontecer. O que costumamos ver com frequência são fêmeas adotando outras ninhadas por conta. Isso acontece por uma alteração hormonal comum nas fêmeas, que chamamos de pseudogestação. Elas começam a produzir hormônios que só são produzidos durante uma gestação e, mesmo sem estar gestante, acabam achando que estão. Chegam até a produzir leite e acabam adotando bichinhos de pelúcia e chinelos”.
No caso do macho, segundo o especialista, se explica pela sensibilidade que ele demonstra. “Os animais fazem coisas que surpreendem e ensinam o ser humano a ser melhor. Cães e gatos realmente possuem uma sensibilidade e empatia muito maior do que a gente imagina. Eles têm um sentimento aflorado de bondade, companheirismo, carinho e gratidão”, completa.
(Fonte/Imagem: G1)