Jundiaiense brilha nos palcos de Los Angeles
Expressão firme, olhar concentrado e 1, 2, 3 e… vai! Assim é marcada a vida da jundiaiense Juliana Gonçalves de 25 anos que teve sua conexão com o mundo das artes desde bem pequena. O pontapé inicial foi aos 4 anos, quando passou a fazer ballet e teve as suas primeiras experiências no palco.
“Infelizmente eu não pude continuar depois dos 10 anos, nós mudamos para uma área rural e meus pais não tinham como continuar me levando para as aulas. Mas, conforme eu cresci, continuei explorando outras formas artísticas, como desenho, pintura e instrumentos musicais, mas mesmo com tudo isso eu ainda sentia que faltava alguma coisa”, comentou.
Anos mais tarde, descobriu a afinidade com o teatro a interpretação, e aos 17 anos, foi estudar Artes Cênicas na Universidade Estadual de Maringá (UEM). “O curso acabou não dando certo por cortes de verba do governo, então voltei para São Paulo e comecei o curso de cinema na Anhembi Morumbi”, explicou.
Dois anos depois, Juliana descobriu que a New York Film Academy tinha um grupo de jurados que viajava pelo mundo em busca de novos talentos para bolsas de estudo, com isso, se inscreveu para o teste na capital paulistana e avançando mais um nível. “Acabei recebendo a bolsa de estudo, mas mesmo assim os custos de moradia nos Estados Unidos eram altos e não consegui atender o curso. Aos 21 anos consegui ir para New York fazer um curso intensivo de 2 meses de interpretação para atores, e recebi a recomendação da escola Stella Adler em Los Angeles”, contou.
De volta ao Brasil, a jovem começou a pesquisar sobre a instituição e passou os dois anos seguintes para juntar o dinheiro e ir estudar em Los Angeles. “E foi assim que cheguei aqui. Acabei conseguindo uma bolsa de estudos nessa escola também, o que ajudou muito. Já participei de 4 produções de peças diferentes desde que vim para cá”.
Com grande experiência, a jovem rasga elogias quando o assunto é a importância da arte em sua vida. “Arte realmente é o significado da minha vida, alimenta a minha alma. Atuação para mim, é a conexão dos seres humanos uns com os outros – o objetivo de interpretar um personagem é encontrar a humanidade que o relaciona com audiência. Criar essa ligação entre o personagem e a platéia, que se coloca no lugar e situação do personagem, e gera empatia entre os dois. Acredito que os sentimentos e emoções são a linguagem universal que une todos nós, e isso é muito poderoso”, destacou.
Nesse meio tempo, Juliana também redescobriu o amor pela dança – a escolha da vez foi o pole dance. Modalidade que apesar de possuir um certo preconceito e resistência das pessoas, é considerado um esporte competitivo. “Foi assim que consegui voltar para New York e me apresentar na Broadway, por meio de uma competição. É uma dança que exige disciplina e esforço físico, especialmente por ser aérea e ser um grande desafio”, explicou.
(Texto: Caroline Ferreira/Imagem: Arquivo Pessoal)