Campanha incentiva a doação de leite materno em JundiaÃ
A amamentação é recomendada por, pelo menos, até os primeiros seis meses do bebê após o nascimento, perÃodo em que o desenvolvimento exige todos os nutrientes necessários encontrados no leite materno.
Mas nem toda mãe conta com a sorte de amamentar o filho, recebendo então a ajuda e solidariedade de outras mães e equipes aptas a colaborar no aleitamento materno, como o Banco de Leite Humano de JundiaÃ.
O chamado leite excedente é o leite que a mãe produz a mais durante o perÃodo de amamentação do filho e há a escolha de colher e doar para bancos de leite.
Ir até um banco para doar não é problema em JundiaÃ, pois as enfermeiras coletam o leite da doadora em casa e encaminham ao banco para análise, como faz Sandy Ellen de Oliveira, enfermeira do Banco de Leite Humano de JundiaÃ, em visita à s doadoras.
A veterinária Tatiane Queiroz recebe a visita da enfermeira do banco de leite pelo menos uma vez por semana. A filha tem apenas um mês e meio e, desde que o bebê nasceu, a mãe doa o leite excedente para ajudar outras crianças.
Apesar do bebê mamar de três em três horas, Tatiane chega a colher 200 mililitros por dia para doar, que fica estocado no freezer da casa.
“Percebi que a mama estava sempre repleta de leite, o que causava um pouco de desconforto. Como precisei fazer o esgotamento do leite, decidi dar um destino mais agradável a ele”, conta.
Já a dona de casa Aline Soltoski também amamenta o filho de hora em hora e enche cerca de dois vidrinhos de leite por semana para doação.
“As enfermeiras do banco vêm durante a semana com o vidro de coleta, onde eu armazeno o leite. Conforme tenho, nós vamos nos comunicando para combinar a retirada”, conta.
As enfermeiras também auxiliam as mães que precisam de ajuda em todo o processo de ordenha e armazenamento. “Nós ensinamos a fazer a massagem e a ordenha manual. Oferecemos todos os materiais e instruções de como a mãe irá fazer a retirada do leite e armazenamento.”
Os frascos de leite coletados são encaminhados ao Banco de Leite Humano. Lá, o leite é pasteurizado e passa por uma rigorosa análise, como explica a enfermeira Simoni Costa Padilha.
“Retiramos quatro mililitros de amostra do leite e enviamos para análise, na qual vamos verificar a presença de micro-organismos e ver a qualidade do leite para depois encaminhar aos bebês”, explica.
O leite doado pelas mães de Jundiaà é distribuÃdo para três hospitais da cidade, como o Hospital Universitário. 85% dos bebês que estão no hospital dependem exclusivamente do leite doado para se alimentar, aumentando assim as chances de ir para casa o mais rápido possÃvel.
A farmacêutica Daiane Godoy, mãe da pequena Sara, conta que a filha nasceu prematura e depende da ajuda de outras mães para se alimentar enquanto se recupera. “Nunca imaginei que fosse passar por isso, mas, graças ao leite doado, logo minha filha receberá alta”, conta.
O Banco de Leite Humano de Jundiaà fica na Rua Ragusa, 54, no Jardim Bonfiglioli. Em Sorocaba, o Banco de Leite Humano fica no Conjunto Hospitalar de Sorocaba, na Avenida Comendador Pereira Inácio, 564, no Lageado.
(Fonte: G1/ Imagem: Reprodução TVTEM)