Voluntariado do Hospital São Vicente de Jundiaí completa 7 anos
Sob o comando de Cyzinha Toniolo nasceu o grupo de voluntariado do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), exatamente no dia 26 de setembro de 2012. Na época, o grupo contava com 23 pessoas e a tarefa principal era o acolhimento dos visitantes na Portaria e no Pronto Socorro, conduzindo-os até o leito do paciente. Iniciativa batizada de “Visita Vicente”, que permanece até os dias de hoje. Desde então, o grupo cresceu, são 110 voluntários e oito projetos em funcionamento.
Com amor e muita dedicação Cyzinha abraçou o desafio que lhe foi proposto no início. “Recebi o convite da Dra. Maria do Socorro, que na época era diretora do hospital. Ela sabia que eu gostava de trabalhos sociais e propôs que eu elaborasse um projeto de voluntariado para o São Vicente e foi assim que tudo aconteceu”, relembra.
Hoje, diariamente é possível se deparar com os voluntários pelos corredores, quartos e demais áreas do hospital. “O voluntariado é essencial para o bom funcionamento das atividades do São Vicente. Eles realizam atividades estratégicas e que são de grande relevância para o acolhimento e humanização do nosso trabalho”, enfatiza Matheus Gomes, superintendente do HSV.
Além do “Visita Vicente”, que ocorre das 10h às 20h, outras ações foram desenvolvidas ao longo do tempo por meio das sugestões e iniciativa dos próprios voluntários. Dentre elas, o bazar beneficente, que desde 2013 ocorre uma vez por mês e, além de comercializar produtos de qualidade com ótimos preços, reverte a verba para melhorias do hospital. Há também o acolhimento na espera do Centro Cirúrgico, que nasceu em 2016, no qual familiares de pacientes em cirurgia aguardam em uma sala na companhia de um voluntário que presta informações sobre o andamento dos procedimentos.
E as ações não param por aí. Existem atividades de acolhimento dos pacientes da UTI Geral e Unidade Pós Operatória; no setor de Cuidados Paliativos, Pronto Socorro de Ortopedia e até Administrativo. “O foco principal é trazer o paciente ao presente, situando-o no tempo e espaço, buscando o conforto mental e emocional, o que também inclui os acompanhantes e visitantes”, destaca Cyzinha.
Missão cumprida
O voluntário Valdeir Carlos da Silva, que faz parte do grupo desde maio de 2017, ajuda no “Visita Vicente” e considera que o voluntariado se tornou sua segunda família. “Dentro do grupo nós temos um coleguismo muito grande, sempre que há um imprevisto, o outro se propõe a cobrir o plantão para que sempre tenha gente ajudando no hospital”, explica ele. Com relação ao sentimento de ajudar, ele descreve: “eu me sinto ótimo, recebemos um pagamento que vem lá de cima – e aponta para o céu. Quando eu saio daqui, a sensação é de missão cumprida por ter feito o bem”, diz.
A assistente de Recursos Humanos, Daniele Credencio Alves, que veio ao hospital visitar a avó internada, agradece. “A gente não se sente sozinho. Sabemos que há uma equipe cuidando dos pacientes e que também tem pessoas, como os voluntariados, preocupados em cuidar de nós, que somos familiares. É um trabalho maravilhoso”, define.
Apoio
Pouco diferente de outros ambientes onde é possível realizar ações solidárias, os hospitais, em geral, reúnem histórias de todos os tipos, incluindo casos tristes e de superação. Por isso, quem ajuda, também precisa ser ajudado. Foi pensando nisto que no início deste ano foi criado o projeto “Roda de Conversa com o Psicólogo”, no qual semanalmente os voluntários têm a oportunidade de conversar com um psicólogo, também voluntário, para auxiliar em questões emocionais ou que, eventualmente, tenham surgido em suas atuações.
“Cada dia no Hospital São Vicente é uma grata surpresa, uma grande satisfação. Muitas vezes nosso gesto simples, é de grande importância para um paciente ou um visitante. Temos noção disto quando recebemos os agradecimentos. É emocionante”, define a coordenadora do grupo.