União marca a Marcha da Consciência Negra no Centro de Jundiaí
Realizada há oito anos em Jundiaí, a Marcha da Consciência Negra de 2019 foi marcada pela união de diversos movimentos para a apresentação do tema “Raça, cor, etnia” em caminhada pela rua Barão de Jundiaí e Praça Governador Pedro de Toledo, na manhã da quarta-feira (20), em comemoração ao feriado nacional do Dia da Consciência Negra. O evento teve o apoio da Prefeitura de Jundiaí, por meio da Assessoria de Políticas para a Igualdade Racial. A programação prosseguiu ao longo do dia com atividades no Complexo Fepasa, com música, dança, palestras e oficinas.
Segundo a assessora de Políticas para a Igualdade Racial, Isabela Galdino Miguel, a representatividade de todos os movimentos negros no evento promove a interação e a mobilização social. “A Marcha conta com o apoio da administração e reforça a representatividade dos negros e pardos na sociedade. É um evento em que todos se unem para promover a conscientização sobre a importância da raça, da cor e da etnia”, argumentou.
O contexto apresentado pela assessora é validado na fala do idealizador da Marcha em Jundiaí, Reginaldo Manoel. “A autodeclaração como negro e pardo aumentou em 33% entre os anos de 2012 e 2018, além da participação em 50,3% de negros e pardos nas universidades. É importante falar sobre o assunto, incentivar a autodeclaração em todos os setores de forma a refletir, resgatar e valorizar o papel dos negros na sociedade”, explicou.
Além de diversos grupos de capoeira, ligas esportivas, clubes e outras instituições, as mulheres ‘Sambadeiras de Bimba – Filhas de Biloca’ também participaram da caminhada e fizeram sua apresentação. Iniciado no Centro de Atenção Psicossocial Álcool de Drogas (Caps AD) como terapia complementar para as mulheres assistidas ou familiares de pessoas em tratamento no equipamento de saúde, o grupo propõe o resgate do samba-raiz e de sua cultura, proporcionando com isso, a valorização social dos participantes.
Maria Araújo, 33 anos, cuidadora de saúde, participa do grupo há dois anos. “Conheci o Sambadeiras quando ia até o Caps AD para o atendimento de ex-companheiro. Comecei a participar, resgatei minha autoestima, superei uma depressão e minha vida segue, valorizada”, comentou a mulher, em seu traje florido e turbante.
Élida Assis de Souza, 47 anos, também conheceu o grupo por acompanhar o tratamento da mãe, no Caps AD. “Eu, minha mãe e minha filha participamos do grupo, que resgatou o convívio social de toda a família”, argumentou, lembrando que a participação na Marcha ressalta a importância da cultura negra para a sociedade.
(Fonte/Imagem: Prefeitura de Jundiaí)