Dia da Consciência Negra movimenta Complexo Fepasa
Um dos grandes símbolos do desenvolvimento de Jundiaí, o Complexo Fepasa, da Prefeitura de Jundiaí, recebe até as 22h30 da quarta-feira (20), em celebração ao Dia da Consciência Negra, dezenas de atrações musicais, oficinas e palestras para movimentar o espaço histórico, de grande valor para toda a sociedade. Com barracas de alimentação e artesanato do Jundiaí Feito à Mão as atividades gratuitas agradam toda a família.
“O Complexo Fepasa é um espaço de resistência e carrega no nosso sangue e suor. Estar aqui hoje, celebrando, é muito importante para toda a sociedade”, explicou a assessora de Políticas para Igualdade Racial, da Unidade de Gestão da Casa Civil (UGCC), Isabela Galdino Miguel, durante a abertura das festividades. Pelo Departamento de Cultura, da Unidade de Gestão de Cultura (UGC), o diretor João Carlos de Luca, ressaltou o envolvimento multiplataforma para a organização das atividades. “Hoje o dia é mais que ouvir música. É para refletir o sentido da resistência e da valorização, com alegria, cultura e a participação de várias unidades de gestão da administração municipal”, comentou.
O contexto histórico da cultura negra é apresentado em várias formas, e, uma delas é na oficina de turbantes e bonecas Abayomi – que significa ‘o melhor de mim para você’ -. Silvia Marcelo, do coletivo PretaEu, é a responsável pela disseminação do conhecimento para os participantes. “As bonequinhas Abayomis eram feitas pelas escrevas para seus filhos, para acalentar as crianças. Já o turbante é marca de empoderamento, pois quando os negros eram escravos, a amarração era ao contrário, um sinal de submissão. O turbante empodera”, destacou.
A Rainha Afro de Jundiaí, Tainá Aparecida Marques, também compareceu ao evento. “A data marca a valorização dos negros e colabora para a maior conscientização das pessoas e dos próprios negros sobre a importância da união e da participação”, ressaltou.
Além das oficinas e apresentações musicais, os visitantes do espaço poderão conferir obras feitas por artistas locais, que usam as mais diversas técnicas para a produção. Rosalva Teixeira, moradora na Vila Progresso, se encantou com quadros pintados em telas de TV. “Foi muito inovador. Usou uma TV que seria descartada para ser o espaço de criação”, explicou a mulher que foi para o evento para participar das oficinas de turbantes.
A baiana Kelly Azevedo está em Jundiaí há dois anos morando no Almerinda Chaves. “Eu e meu marido viemos para Jundiaí para criar os nossos filhos especificamente pela qualidade de vida da cidade. A comemoração ao Dia da Consciência Negra é de grande qualidade, diversidade e importância para comunidade”, analisou.
(Fonte/Imagem: Prefeitura de Jundiaí)