Em três anos, oferta de leitos em Jundiaí aumenta 16,7%
Enquanto o Brasil tem registrado fechamentos de leitos públicos, Jundiaí segue caminho inverso. Na comparação entre os meses de outubro de 2016 a outubro de 2019, Jundiaí criou 63 leitos, ou seja, ampliação de 16,7% nos 376 leitos existentes anteriormente nos hospitais públicos da cidade.
O resultado positivo tem, entre os fatores, o investimento municipal para o custeio em saúde, que coloca o Município, de acordo com pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), como o que mais investiu em Saúde entre as cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes, com R$ 926,64.
Segundo levantamento do Projeto Avaliação do Desempenho do Sistema de Saúde (Proadess) do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) – 4º Boletim Informativo, publicado em fevereiro de 2019, a redução nos leitos tem acontecido nacionalmente há anos no Brasil.
Entre os anos de 2009 a 2017 houve uma redução de 3,7% no número de hospitais gerais e especializados inscritos no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), o que significa que se em 2009 haviam 6.041 hospitais, este número cai para 5.819 unidades oito anos depois.
Já o número de leitos hospitalares (clínicos, cirúrgicos, pediátricos e obstétricos) também acompanhou a queda: de 1,87 por cada mil habitantes para 1,72 por mil habitantes, número inferior ao estabelecido pela Portaria GM/MS n° 1101/2002 (vigente até 1º outubro de 2015 e substituída pela 1.631 de 15 de outubro de 2015), que era de 2,5 a 3,0 leitos por cada mil habitantes.
Somente o Hospital São Vicente (HSV), que é o maior hospital para o atendimento público de Jundiaí, recebe R$ 200 milhões/ano, sendo 70% do custeio realizado pelo Município. “Avançamos muito com as reformas realizadas no prédio centenário e com o projeto desenvolvido em parceria com a iniciativa privada ‘Acolha um Quarto, Conforte Vidas’, mas ainda há muito o que fazer”, destaca o prefeito Luiz Fernando Machado.
Ele ressalta ainda que, em 2020, somente em reformas, construções e ampliações, a Saúde de Jundiaí receberá R$ 14 milhões em investimento. “O orçamento para a área neste ano será de R$ 584 milhões. O que resultaria em um investimento per capita de R$ 1,4 mil”, enumerou Luiz Fernando.
De acordo com o gestor da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), Tiago Texera, somente em 2018, Jundiaí criou 14 leitos para internação-dia a partir do início das atividades da Unidade de Pronto Atendimento (UPA24H) Vetor Oeste, além de 10 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, no Hospital Universitário (HU).
Neste ritmo, Jundiaí passará a ser a cidade com maior número de leitos de UTI pediátrica de todo o interior de São Paulo. “Ainda temos o Hospital Regional (HR), que também abriu mais leitos no período para o atendimento referenciado. Outra boa notícia para a cidade é que a reforma dos quartos do HSV possibilitou a criação de mais dois leitos para o atendimento na Clínica Feminina”, explica Tiago Texera.
Ilidia Aparecida Bras, 66 anos, é paciente do HSV que está em internação por conta de complicações. “Estou internada há 15 dias por conta de uma bactéria, faço tratamento há quatro anos. Por esse motivo estou sempre passando por atendimento no São Vicente, que é excelente. Percebo muitas mudanças na estrutura, mas principalmente na qualidade do atendimento tanto dos médicos, quanto dos enfermeiros. A equipe de ortopedia é nota 10. É bem aparente a mudança que o hospital tem passado. Me lembro de como era antes. A saúde tem melhorado na cidade”, constatou.
(Fonte/Imagem: Jornal de Jundiaí)