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Evento celebra 37 anos do tombamento da Serra do Japi

Publicada em 02/03/2020 às 14:37

Um encontro entre pesquisadores, especialistas em fauna e flora e o prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado, marcado para a próxima sexta-feira (6), às 11h no Paço Municipal, marcará os 37 anos de tombamento da Serra do Japi e a apresentação de uma pesquisa cujo palco foi o maior patrimônio ambiental da região.

Tombamento da Serra do Japi completa 37 anos em 2020 com palestra sobre pesquisa

Também participarão do evento a superintendente da Fundação Serra do Japi, Vania Plaza Nunes, o gestor da Unidade de Gestão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (UGPUMA), Sinésio Scarabello Filho, o diretor do departamento de Meio Ambiente da UGPUMA, Wagner Paiva, e o biólogo e professor Felipe Amorim, do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp) – campus de Botucatu. Amorim fará a palestra “Bons céus, que animal poliniza essa planta? Histórias sobre as interações entre plantas e polinizadores e como isso afeta as nossas vidas”, que está com inscrições abertas.

O encontro será, na verdade, um relato do trabalho realizado. A pesquisa do professor Felipe e de sua equipe, a ser apresentada no Paço, é inédita e de grande importância para o conhecimento científico sobre uma planta pouco estudada e que foi encontrada na Serra do Japi: a Scybalium fungiforme. Ficou provado pelo grupo de Amorim que os gambás são fundamentais para a abertura e a polinização desta planta, encontrada em poucas localidades do mundo, entre elas a Serra do Japi.

“Jundiaí tem ainda mais motivos para ter orgulho de sua serra. Ela foi palco da pesquisa do professor Felipe e de seus alunos, tema de matéria publicada na versão online da revista ‘Ecology Society of America’, uma das mais conceituadas do planeta”, revelou Vania.

O trabalho comandado por Felipe e os demais pesquisadores da Unesp trouxe a resposta a uma dúvida que durava duas décadas: só os roedores, como os ratos, estavam se alimentando da Scybalium fungiforme e ajudando a polinizar outras plantas? A resposta era negativa, pois os gambás também faziam este trabalho. A desconfiança foi apontada inicialmente pela bióloga Patrícia Morellato, do campus de Rio Claro da Unesp.

A superintendente ressaltou ainda que, no dia 8 de março deste ano, será lembrado o 37º aniversário de tombamento da Serra do Japi, feito em 1983 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Turístico (CONDEPHAAT). O órgão reconheceu que ela tem um valor excepcional não somente para a Região, mas para o estado de São Paulo e o Brasil.

A resolução 11 do documento de tombamento, a respeito do tombamento, evidencia a necessidade de proteção da área de mais de 191 quilômetros quadrados da serra, que inclui os municípios de Jundiaí, Cabreúva, Pirapora do Bom Jesus e Cajamar.

Palestra

Estudantes de Jundiaí, Gabriel Mariano e João Henrique Servilha fazem parte do grupo do professor Felipe Amorim que observou a Scybalium fungiforme e o comportamento dos gambás da Serra do Japi. Os dois alunos estarão na palestra desta sexta-feira. “O tema a ser abordado na palestra mostra a importância do tombamento da serra para podermos chegar a resultados tão relevantes como este”, completou Vania.

“Por abrigar uma fauna bastante diversificada, além de várias espécies de aves e de mamíferos, a serra sempre recebe estudantes, mestrandos e doutorandos, em busca de conhecimento. A prefeitura trata a preservação da Serra do Japi, nosso grande patrimônio ecológico, com absoluta prioridade”, emendou o prefeito Luiz Fernando Machado.

(Fonte/ Imagem: Assessoria de Imprensa PMJ)


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