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13 dúvidas comuns sobre o Novo Coronavírus

Publicada em 13/03/2020 às 16:57

O novo agente do coronavírus, causador da doença COVID-19, foi descoberto no final de dezembro, após casos registrados na China e, desde então, já registrou mais de 127 mil casos no mundo todo. Muito tem se falado sobre o vírus, formas de contágio e como se prevenir. Se você ainda tem dúvidas sobre o Corona, acompanhe o post.

Coronavírus pode ser transmitido pelo contato com secreções de pessoas contaminadas

1.O coronavírus é semelhante ao vírus da gripe?

O coronavírus tem sintomas parecidos com o da gripe, como tosse e febre, mas ele é considerado mais grave, já que, além de poder causar doenças graves, tem um índice de mortalidade estimado em 3,5%. De acordo com os números mundiais, o COVID-19, doença provocada por ele e que já foi elevada à categoria de pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mata um paciente infectado a cada mil casos.

2.Como é a transmissão do novo coronavírus?

Da mesma forma que uma gripe comum: pelo contato com secreções de pessoas contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, toque ou aperto de mão seguido de contato com boca, nariz e olhos.

3.Quais são os sintomas de quem está infectado?

Os sintomas mais comuns são febre, cansaço e tosse seca. Algumas pessoas têm dores no corpo, congestão nasal, coriza, dor de garganta ou diarreia. Pessoas mais velhas e com condições de saúde como pressão alta, diabetes e doenças cardiovasculares têm mais chance de desenvolver um quadro grave da doença. 

4.E o que fazer se eu apresentar algum desses sintomas?

Há muitas informações circulando que orientam para que a pessoa com sintomas semelhantes aos causados pelo novo coronavírus procurem um Pronto Atendimento. Mas na verdade o que se recomenda mesmo é buscar atendimento em um posto de saúde. Jundiaí possui mais de 30 Unidades Básicas de Saúde (UBS) espalhados pelo município, onde todos os profissionais estão capacitados para fornecer um atendimento adequado que segue o Plano de Ação contra o Novo Coronavírus (os endereços das unidades encontram-se no site da Prefeitura de Jundiaí). Chegando ao local, o paciente deve comunicar imediatamente os sintomas que está sentindo. Os casos leves serão acompanhados; já os mais graves devem ser encaminhados a um hospital para isolamento e tratamento.

5.Ouvi dizer que há um período de incubação do vírus. É verdade? O que isso significa?

Sim, é verdade. Incubação é quando houve infecção do vírus, ele se aloja no organismo mas fica “adormecido” e assintomático. Inicialmente, os cientistas acreditavam que esse período durava 14 dias desde o dia da contaminação. Porém, novos estudos indicam que esse período pode ser maior, despertando dúvidas quanto aos atuais critérios de quarentena. Daí a importância de evitar aglomerações e contato com pessoas possivelmente infectadas: o contágio pode acontecer e só se manifestar semanas depois.

6.Dizem que pessoas que tiveram contato com um infectado também poder ser isoladas. É verdade?

Sim. Pessoas que tiveram contato próximo com alguém infectado também poderão ser submetidas a isolamento, de acordo com uma decisão do Ministério da Saúde publicada nesta quinta-feira (12). O procedimento valeria enquanto o caso desses pacientes estiver sendo investigado, mas a decisão do isolamento ou não ficará a cargo do profissional de saúde responsável. Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, o texto, e a lei que ele regulamenta, permitem que o isolamento e a quarentena sejam impostos “compulsoriamente”.

7. Como está o avanço do novo coronavírus hoje no Brasil?

O número de casos confirmados do Covid-19 é de 77 segundo atualização mais recente do Ministério da Saúde e divulgada na tarde da última quinta-feira (12). Houve um salto sobretudo em São Paulo e no Rio de Janeiro, estados foco do vírus no país. Jundiaí possui 18 casos suspeitos. No total, são 21 notificações, sendo 3 descartadas e 18 aguardando confirmações. Todos os suspeitos buscaram atendimento em saúde, tiveram amostras coletadas e encaminhadas para análise pelo instituto Adolpho Lutz, com indicação de isolamento domiciliar, conforme as recomendações estabelecidas pelo Ministério da Saúde. Familiares desses pacientes estão devidamente orientados pelas equipes de Saúde com relação às medidas preventivas de forma a evitar contágio, como uso de máscaras, higienização das mãos e não compartilhamento de objetos de uso pessoal. O município segue todos os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde e disponibiliza em seu site oficial o Boletim Epidemiológico – Novo Coronavírus com informações atualizadas sobre a situação na cidade.

8.Estou recebendo vários áudios pelo WhatsApp com diferentes nomes de médicos para alertar sobre o coronavírus. Como saber se eles são verídicos?

Em uma era em que as informações circulam com uma rapidez assustadora na internet, o ideal é que se aguarde uma confirmação oficial em um veículo de comunicação de confiança. Infelizmente, entre os conteúdos sérios e relevantes à população, há um bombardeio de fake news que, por falta de conhecimento de quem as recebe, acabam se alastrando e, além de causar um terror maior do que o necessário, leva informações equivocadas. Busque outras fontes, converse com pessoas e sempre apure a veracidade dos fatos antes de compartilhar por aí.

9.Qual a diferença entre surto, epidemia e pandemia?

Uma doença passa a ser um surto quando diversos casos acontecem em uma mesma região – como, por exemplo, quando surgem diversos casos de dengue em uma cidade pequena. Ela vira uma epidemia quando esses casos se espalham por mais regiões. O termo pandemia se refere ao pior dos cenários: para receber essa classificação, é preciso que sejam registrados casos da doença em todos os continentes. É aí que nós estamos. O coronavírus é uma pandemia, de acordo com uma declaração da Organização Mundial da Saúde na última quarta-feira (11). O vírus não é o único na história. A gripe asiática que aconteceu em 1957 também foi classificada como uma pandemia e causou 70 mil mortes em apenas 10 meses.

10.Em vez de álcool em gel, posso utilizar vinagre?

Não há nenhuma comprovação científica de que o vinagre é eficaz no combate a infecções por vírus e bactérias. O mais recomendado é, mesmo, o álcool em gel 70%. As palavras são do Conselho Federal de Química (CFQ), que disse que o produto é, sim, eficiente para se proteger do novo coronavírus, assim como lavar a mão com água e sabão. Ah, e importante lembrar: o álcool em gel, feito a partir do etanol, é um antisséptico – ou seja, não mata nada, apenas esteriliza. Sua função é agir na parede celular do agente infeccioso, desestruturando as proteínas ou lipídios que a revestem, conseguindo eliminar, assim, mais de 99% da ameaça invasora, inclusive o coronavírus.

11.Ouvi dizer que as fibras das máscaras são maiores que o tamanho do vírus, e, por isso, elas não são eficazes na prevenção. Isso é verdade?

Não exatamente. As máscaras possuem um filtro que não permite a troca de partículas de saliva e do nariz. Mas há duas ressalvas importantes: primeiro, o uso da máscara é recomendado às pessoas que já apresentam sintomas respiratórios, ou seja, de forma a não contaminar as pessoas ao redor. E esse uso somente é efetivo se for associado a hábitos de higiene, entre eles a lavagem frequente das mãos e higienização com álcool em gel. Segundo e muito importante: a vida útil de uma boa máscara de proteção é de, no máximo, três horas. Atente-se para descartá-la após esse período e, se estiver em um local com grandes multidões, já trocar por outra nova.

12.Animais domésticos também podem transmitir o novo coronavírus?

Não. A transmissão do novo coronavírus por meio de animais de estimação domésticos não está comprovada.

13.Viajar de avião aumenta os riscos de uma infecção em relação a outros meios de transporte?

Depende. Ao contrário do que muita gente pensa, o ar em um avião muitas vezes tem qualidade melhor do que o de um escritório, por exemplo – e muito melhor do que em um trem ou um ônibus. Embora possa haver mais pessoas por metro quadrado em um avião cheio, o ar está sendo trocado de forma mais rápida. Enquanto respiramos dentro de uma aeronave, o ar está sendo limpo por um instrumento chamado filtro de ar particulado de alta eficiência (Hepa, na sigla em inglês). Este sistema é capaz de capturar partículas menores do que aquelas que são capturadas pelos sistemas comuns de ar condicionado, incluindo vírus. No entanto, sabemos que é difícil generalizar – e o grande emblema dos aviões é a quantidade de passageiros transitando entre países diferentes. A orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que a área de maior risco são as duas filas da frente, atrás ou ao lado de uma pessoa infectada. Vale o mesmo conselho para tudo nesse momento: lavar as mãos, limpar as superfícies sempre que possível e espirrar ou tossir em um lenço de papel. No caso de trens e ônibus circulares, a recomendação é, se possível, evitar os horários de pico e manter os hábitos de higiene. Também se recomenda evitar aglomerações, como eventos de grande porte, shows e festas, especialmente em locais fechados.

(Fonte: Internet/Imagem: EFE – Juan Ignacio Roncoroni)


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