Sem encomendas com quarentena, costureiras investem em máscaras
A quarentena devido à pandemia da Covid-19, doença causada pelo coronavírus, também afetou o trabalho de costureiras, que ficaram sem encomendas durante o período de isolamento social para evitar a disseminação do vírus. Como alternativa à falta de serviços e forma de garantir renda, algumas profissionais têm investido na fabricação de máscaras de tecido.
É o caso de Eliete Oliveira, que é proprietária de um ateliê no Bairro Dirceu II, Zona Sudeste de Teresina. A costureira iniciou a confecção do material há três semanas e hoje consegue fabricar 80 unidades por dia, comercializando as máscaras por R$ 4 a unidade.
Com a grande procura por máscaras como forma de proteção ao contágio, o equipamento, inicialmente recomendado apenas para profissionais da saúde, pessoas doentes e pessoas que convivem com doentes, está em falta no estabelecimentos comerciais. Quando encontrado, o produto tende, inclusive, a estar acima do preço, havendo casos até de cobrança de preços abusivos.
Agora, com a mudança da recomendação do Ministério da Saúde sobre a utilização do equipamento, a busca por formas de se proteger do coronavírus tende a aumentar. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, recomendou à população em geral o uso das máscaras de tecido como forma de prevenção à contaminação.
Samara Nollêto, que possui uma fábrica de enxoval de bebê no Centro da capital piauiense, readaptou o negócio para produção das máscaras de tecido e tentar atender a demanda da falta do produto no comércio.
A empresária dispensou as funcionárias, devido ao decreto de quarentena, e atualmente tem trabalhado apenas com a ajuda dos pais. A família chega a fabricar cerca de 300 unidades por dia e comercializa o produto por R$4.