Rede brasileira de makers usa impressão 3D para produzir máscaras em escala
Além do isolamento social e hábitos de higiene eficazes, a tecnologia está sendo uma grande aliada na luta contra a propagação do coronavírus. Neste sentido, com o rápido aumento de casos no Brasil, juntamante com a escassez de materiais, uma rede formada por diversas comunidades makers da Baixada Santista, passou a usar a impressão 3D para produzir máscaras de proteção em escala.
O modelo utilizado foi desenvolvido pelo checo Josef Průša e já está aprovado pelo ministério de saúde do país. A iniciativa surgiu a partir do Careables América Latina de Olinda, em Pernambuco, plataforma de cooperação internacional especializada em saúde e tecnologias livres. A rede é formada por líderes do projeto global Careables, juntamente com o Santos Hacker Clube, o GT de Cultura Hacker do LAB Procomum, o Atêlie Hacker e outros makers voluntários da cidade de Santos.
Em apenas quatro dias, o grupo já conseguiu imprimir 230 máscaras de proteção e hoje já são 15 máquinas imprimido o material. Segundo Fernanda Camara – hacker envolvida no projeto: “Iniciamos uma verdadeira luta contra o relógio para ativar a comunidade, os equipamentos e saberes. A cultura hacker trata-se disso, criar soluções rápidas para solucionar problemas na prática.”
À medida que as máscaras começaram a ser impressas, a comunidade entrou em contato com a Santa Casa de Santos e o modelo foi aprovado pela comissão de médicos da instituição. Serão doadas ao menos 200 máscaras às equipes de apoio, como as equipes de limpeza, segurança e outros funcionários do hospital.
(Fonte: Hypeness/Foto: Reprodução)