Roda de conversa comemora os 38 anos do tombamento da Serra do Japi
Em 8 de março de 1983, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) fez o tombamento do território da Serra do Japi. Em 2021, em comemoração aos 38 anos desta data, a Fundação Serra do Japi promoveu nesta segunda-feira (8) a 2ª Roda de Conversa (em plataforma digital) sob o tema “A Educação Ambiental, como realizá-la em tempos de Pandemia”.
O evento contou com a participação de Dra. Camila Molena de Assis, Doutora em Ciências, professora do curso de Gestão Ambiental na FATEC de Jundiaí e que atua com pesquisas voltadas para empreendedorismo, inovação, química e educação ambiental. Da Dra. Maria de Lourdes Spazziani, docente e orientadora da Unesp, coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Ambiental, Sustentabilidade e Ambientalização – Gepeasa, professora e pesquisadora no campo da educação com livre docência em educação ambiental também participou da roda, juntamente com Dr. Sandro Tonso, Doutor em Geociências, professor pleno da Faculdade de Tecnologia da Unicamp, que atua em pesquisa, ensino e extensão na área de educação ambiental.
Durante a explanação, foram colocados importantes pontos de discussão como o desafio de criar mecanismos que proporcionem conhecimento e informação, especialmente frente ao ensino por meio de plataformas digitais, além de como pensar em atividades em um momento em que muitas pessoas não têm a mesma facilidade de transformar e transmitir o conhecimento da maneira tradicional, ou seja, em sala de aula e agora aplicar em uma ambiente aberto e possibilidade do uso de ferramentas e literaturas que podem ser auxiliares neste momento.
“Também ficou claro que para fazer uma educação adequada é preciso estar sensibilizado, perceber quais são as questões mais relevantes da educação ambiental, por exemplo. Apesar de muito discutido, é preciso levantar a importância que o meio ambiente tem, pois muitas vezes esse tema não é apropriado por muitos daqueles que têm o poder de decisão e de preservar”, contou a superintendente da Fundação Serra do Japi, Vânia Plana Nunes.
Durante o evento, que teve com a participação de escolas de outras cidades como Botucatu, Vinhedo, Lençóis Paulista, os participantes também trocaram informações e experiências por meio do chat da sala virtual. “Esse rico intercâmbio de informações vai nos ajudar a pensar como efetivar ações de educação ambiental cada vez mais proativas para a mudança do comportamento da nossa sociedade, independente da faixa etária e do grupo social inserido”, comentou Vânia.
Tombamento da Serra do Japi
Atualmente, há apenas 7% de remanescente da formação original do bioma Mata Atlântica do Brasil e parte desse raro remanescente é a Serra do Japi.
Existente em quatro municípios: Jundiaí, Pirapora do Bom Jesus, Cajamar e Cabreúva, em 1992, a área foi declarada patrimônio da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
Vânia lembra sobre a importância do tombamento, pois a reserva possibilita que o município mantenha condições únicas na nossa região. “Cada vez mais, ter uma área como a Serra do Japi na região é fundamental para manter uma qualidade de vida com clima favorável. Além disso, a Serra possibilita, para uma quantidade enorme da fauna e flora, um local onde possam ter fontes de abrigos, alimento, água, recursos para a reprodução e para diminuir a vulnerabilidade do local onde vivem”, diz a superintendente.
(Fonte/Imagem: Prefeitura de Jundiaí)