Insumo para produção de doses da CoronaVac chega a SP no dia 19 de abril
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, confirmou nesta quinta-feira (15) que os 3 mil litros de insumo para produção de novas doses da CoronaVac chegarão a São Paulo na manhã da próxima segunda-feira (19).
O lote permitirá a produção de aproximadamente 5 milhões de doses da vacina, que devem começar a ser entregues a partir do dia 3 de maio ao governo federal, conforme revelado por Dimas Covas em coletiva de imprensa do governo estadual nesta quarta (14).
A previsão inicial do Instituto era a de concluir a entrega das 46 milhões de doses previstas no primeiro contrato com o governo federal até 31 de abril. Entretanto, por conta dos atrasos na liberação do insumo, ela deverá ser finalizada até o dia 10 de maio.
Na semana passada, o Instituto anunciou que parte da remessa foi liberada para importação. A expectativa era a de que chegasse até o dia 20. No cronograma inicial, entretanto, o Instituto deveria ter recebido 6 mil litros entre os dias 6 e 8 de abril.
Nesta quarta, o Butantan entregou ao Ministério da Saúde mais um milhão de doses, totalizando 40,7 milhões desde o inÃcio de janeiro. Na semana passada, Dimas Covas disse que o Instituto irá acelerar o processo de envase e rotulagem, etapa final de produção da vacina.
Além desses três mil, um outro lote com a mesma quantidade ainda está em processo de autorização para ser importado. “O segundo lote de 3 mil ainda não tem liberação. Estamos aguardando, o material está pronto, mas não temos autorização pra fazer a importação”, explicou o diretor.

Eficácia
Um estudo clÃnico final sobre a Coronavac divulgado neste domingo (11) mostra que a eficácia da vacina é maior do que nos resultados iniciais divulgados entre dezembro e janeiro. A análise foi feita pelo Instituto Butantan, que produz a vacina em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.
De acordo com os dados, a eficácia da CoronaVac pode chegar a 62,3% com um intervalo de mais de 21 dias entre as duas doses da vacina. Dimas Covas também defendeu a importância da população tomar a segunda dose, mesmo que após o prazo considerado ideal.
“No caso do Butantan, o intervalo é de 28 dias. Se ela perdeu, se atrasou uma semana, quinze dias, não compromete a imunização. Agora, se deixar de tomar, fica com imunidade parcial. É necessário que as pessoas retornem pra tomar a segunda dose. Importante para completar o esquema vacinal.”
(Texto: G1/Imagem: Roberto Casimiro/FotoArena/Estadão Conteúdo)