Animais na terapia: aluna da TVTEC atua como terapeuta comportamental de cães e gatos
Se você acha que só os seres humanos podem ter o seu comportamento analisado por um terapeuta, pensou errado. Pois até mesmo os animais podem ter o seu comportamento estudado por um profissional da área da psicologia.
E quem entende muito bem deste assunto é a aluna da TVTEC Luiza Cervenka Bueno de Assis, de 36 anos. Luiza é formada em biologia e se interessou pela área de psicobiologia (comportamento animal) na sua graduação. “Comecei a estagiar em 2004 com comportamento de tartaruga marinha, primatas, camarão e outros animais. Assim que eu terminei a graduação, ingressei no mestrado em psicobiologia”, conta.
Luiza terminou o mestrado em 2010 e decidiu se especializar no comportamento de cães e gatos, se tornando uma terapeuta comportamental. Mas, como funciona este atendimento? Na verdade, a bióloga explica que não apenas o animal é analisado, mas também seus tutores e a família como um todo. “Eu vou até a casa dos tutores para compreender o motivo do comportamento inadequado, o motivo do comportamento que os tutores não gostam. Daí eu vou analisar o ambiente, a reação dos tutores àquele comportamento ou àquele animal e vou também analisar o próprio comportamento do cachorro, a parte emocional dele, como ele está lidando com todas as questões”, explica.
A terapeuta explica que na linha da psicologia que ela segue, o animal nunca é culpado de um comportamento. “Na verdade a linha que eu sigo não existe comportamento errado, existe um comportamento inadequado para cada situação e existe um comportamento com o qual o tutor não consegue lidar, mas nenhum comportamento é errado, por isso ele não está passível de correção. Da mesma forma que o cachorro não deve ser obediente, ele não tem que obedecer ao tutor, ele tem que se comunicar de uma forma adequada com o seu tutor e vice-versa”.
A consulta de Luiza custa em torno de R$ 410 por duas horas. A terapeuta diz que já perdeu a conta de quantos atendimentos fez e de quantas mordidas já tomou. “Por mais estranho que pareça, os atendimentos mais difíceis não foram os casos em que fui mordida. Mas foram aqueles em que os tutores não seguem o tratamento ou não desejam ‘ter trabalho’ com o animal”, diz.
Áh e vale lembrar que o atendimento entre um cachorro e um gato tem muita diferença. “São espécies completamente diferentes, com formas de comunicação distintas e necessidades peculiares”.
Para divulgar seu trabalho, Luiza criou um canal no YouTube e decidiu fazer o curso de Edição de Vídeo com Celular para agilizar a edição dos vídeos. “Sempre editei os vídeos no computador, mas percebi que estava perdendo muito tempo, já que poderia fazer isso no meu celular, em qualquer lugar. Assim, o curso me ajudou a ter mais autonomia e agilidade para editar os vídeos”, diz.
(Texto: TVTEC/Imagem: Arquivo Pessoal)
