Pediatra do Hospital Universitário explica a diferença entre rinite e asma
Os especialistas da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) afirmam que portadores de rinite não são grupo de risco para COVID-19 nem em infectividade. Já os pacientes com asma, mesmo não sendo mais propensos a adquirir a infecção por coronavírus, podem desenvolver complicações se infectados pelo novo coronavírus.
“Asma e rinite são duas patologias diferentes. Apesar de serem doenças atópicas, (alérgicas) e hereditárias, elas são diferentes na sua gravidade, comprometimento e tratamento. Enquanto a asma provoca crises de falta de ar, chiado, sensação de aperto no peito e tosse, a rinite alérgica traz espirros, obstrução nasal, coriza e coceiras nos olhos, nariz, garganta e ouvidos. Mesmo não sendo tão grave quanto a asma, a rinite é um grande incômodo para o paciente, afetando sua qualidade de vida”, explicou o pediatra do Hospital Universitário de Jundiaí, Cristiano Guedes.
No caso da asma alérgica, existem desencadeantes em comum com a própria rinite alérgica e alguns testes alérgicos podem ser feitos. “Existe a teoria de via aérea única, em que a asma e a rinite são consideradas manifestações da mesma doença e o descontrole de uma pode levar ao descontrole da outra. Por isso, sempre que uma pessoa tiver o diagnóstico de asma, deve-se investigar rinite também e vice-versa. O controle das duas doenças é indispensável. Não podemos tratar apenas uma”, reforça Dr. Cristiano.
O tratamento de ambas é dividido em dois momentos. “O tratamento preventivo com o afastamento de agentes desencadeantes das crises como cigarro, poeira, fungos, ácaros, higiene adequada do microambiente, etc, com auxílio de medicamentos como os antialérgicos, antileucotrienos, corticoides inalatórios e broncodilatadores de longa duração. Quando o paciente apresenta crise, o tratamento é com auxílio de broncodilatadores como as “bombinhas” e, em alguns casos, uso de corticoides e outros medicamentos de uso emergencial”, comenta.
Em ambos os casos, a oscilação de temperatura favorece o surgimento das crises. Existem crianças que apresentam os sintomas apenas pelo ar frio (não adianta “encapotar” a criança). “A oscilação térmica sem dúvida é um Fator de piora”, acentua o DR.
Dr. Cristiano finalizou dizendo que os pais devem procurar o pronto Socorro apenas em casos de piora. Quadros leves devem ser tratados via ambulatório. O melhor tratamento é a prevenção e orientação.
(Fonte/Imagem: Assessoria HU)