Seminário Internacional aponta soluções para mobilidade em Jundiaí nos próximos anos
A Prefeitura de Jundiaí, por meio da Unidade de Gestão de Mobilidade e Transporte (UGMT), realizou nesta quarta-feira (9) o Seminário Internacional de Mobilidade Urbana. O evento foi transmitido ao vivo no canal do YouTube da Prefeitura (onde continua disponível na íntegra) e teve por objetivo apresentar soluções implementadas pelo mundo e as possibilidades de implantação em Jundiaí à luz do Plano de Mobilidade Urbana. Durante toda a manhã, diferentes convidados e palestrantes fizeram apresentações no seminário.
“Jundiaí cresce, se desenvolve, e isso tem de ser paralelo ao aumento da qualidade de vida”, observou o Prefeito Luiz Fernando Machado. “Somos a sétima economia do estado, a 17ª do Brasil e temos 1,3 veículos por habitante. A mobilidade urbana é um desafio que pensamos a curto, médio e longo prazo. Precisamos olhar para o futuro e compreendermos qual cidade queremos para as próximas gerações.”
O prefeito lembrou também que, por ter grandes rodovias cruzando seu território, Jundiaí traz ainda mais desafios. “Estamos debruçados sobre essa questão, junto ao Governo do Estado, para fazermos investimentos que visem pontos de transposição nas rodovias, em diferentes regiões da cidade.”
O Gestor de Mobilidade e Transporte, Aloysio Queiroz, falou do que já está sendo feito em Jundiaí, como o Plano de Mobilidade Urbana. “Temos desafios para o futuro voltados ao transporte público, aos espaços para ciclistas e para a circulação de pedestres, repensando possibilidades de deslocamento e mudando inclusive nossa cultura, que está muito voltada ao carro. Hoje, nossa cidade tem 337 mil veículos e uma população de 423 mil pessoas.”
Palestras
A primeira palestra do Seminário apresentou o Plano de Mobilidade Urbana, conduzida pelo diretor do Departamento de Engenharia de Mobilidade, Leandro Pinheiro. “Como são muitos veículos em circulação na cidade, surgem gargalos. Por consequência, o trânsito fica mais lento e o transporte público, menos atrativo. Isso sem falar no impacto ao meio ambiente e, por isso, à qualidade de vida.” O plano passou por diferentes fases, como de diagnóstico, de análise prévia, de propostas e detalhamento. Durante sua construção, em 2021 e início de 2022, foram realizadas duas audiências públicas para apresentá-lo à população e colher propostas.
A palestrante seguinte foi a diretora executiva do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento, Clarisse Cunha Linke. “Fico contente em saber que Jundiaí tem entendido a importância de se pensar e investir em mobilidade como uma alavanca fundamental para cidades mais inclusivas e com mobilidade com baixa emissão de carbono. Precisamos repensar o uso do espaço público.” O instituto ao qual ela está ligada tem como foco promover o transporte sustentável e equitativo no mundo.
Direto da Colômbia, em transmissão pela internet, o especialista em Mobilidade Oscar Edmundo Diaz abordou os “Desafios do Transporte Público” e apresentou experiências da capital Bogotá. “Os cidadãos precisam ter acesso a um transporte público sem se deslocar muito para isso e o principal alimentador desse transporte é a calçada. Por isso, precisamos ter boas calçadas”, declarou. “Gestores públicos precisam fazer a seguinte pergunta: vamos priorizar a mobilidade ou a solução de engarrafamentos? Aqui em Bogotá decidimos que nosso investimento será em transporte público, e hoje temos um serviço bom. Também precisamos fazer escolhas sobre os espaços dedicados ao ônibus e ao carro.” Questões sobre integração de modais, ciclovias, pedestres e meio ambiente também foram destacadas pelo palestrante.
Na apresentação seguinte, Fernando Rodrigues, diretor de Mobilidade da LOGIT, detalhou as propostas do Plano de Mobilidade Urbana. “Tudo o que outros palestrantes apresentaram vai ao encontro das propostas que estão incluídas no plano”, declarou. “Tudo tem sido feito para privilegiar a caminhabilidade, o ciclismo (com uma rede proposta para chegar a 177 km em dez anos) e, entre outros avanços, o transporte público (com análises de diferentes eixos da cidade, levando em conta as mais variadas regiões e trajetos).”
Na última palestra do dia, o gestor de Governo e Finanças da Prefeitura de Jundiaí, José Antonio Parimoschi, falou sobre Cidades inteligentes e seus impactos positivos na mobilidade. “O programa Jundiaí Cidade Inteligente faz parte de nosso Plano de Governo desde a gestão anterior do prefeito Luiz Fernando e fizemos investimentos relevantes, como 400 km de infovia, um governo cada vez mais digital, a implantação de tecnologia embarcada e câmeras de segurança em toda a frota de ônibus, entre outros. E já estamos terminando de preparar nossa Legislação para instalação de antenas de 5G, além de receber outras inovações, como o semáforo inteligente.”
Quanto ao trabalho de redução de gases do efeito estufa, “isso já está sendo tirado do papel”, declarou Parimoschi. “Temos equipamentos que fazem a medição do ar e há a previsão, nos próximos anos, de aquisição de ônibus elétricos, colocação de iluminação eficiente, entre outros.” O investimento previsto pelo plano para os próximos dez anos, na casa de R$ 700 milhões, “pode ser tirado do papel, está dentro de nossa realidade”, afirmou ainda Parimoschi.
Após as palestras, os webespectadores puderam tirar dúvidas com os especialistas e gestores municipais presentes, entre eles o gestor de Planejamento e Meio Ambiente, Sinésio Scarabello Filho. Estiveram no evento também o prefeito de Louveira, Estanislau Steck, os vereadores Daniel Lemos, Edicarlos Vieira, Madson Henrique, Adilson Junior, e os gestores das unidades de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Cristiano Lopes; de Educação, Vastí Ferrari Marques; de Inovação e Relação com o Cidadão, Thiago Maia; e de Assistência e Desenvolvimento Social, Maria Brant.
(Fonte/Imagens: Prefeitura de Jundiaí)