Primeiro medicamento para tratamento da COVID-19 no SUS é aprovado
O Ministério da Saúde aprovou nesta sexta-feira (1) o uso emergencial do medicamento baricitinibe para COVID-19. Segundo o governo, este será o “primeiro medicamento para o tratamento da COVID-19 no Sistema Único de Saúde (SUS)”.
A oferta do medicamento no SUS foi definida após decisão do Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que recomendou o uso do medicamento. A droga é comercializada pela Eli Lilly com o nome de Olumiant.
“O medicamento baricitinibe será disponibilizado para tratamento de pacientes adultos hospitalizados que necessitam de oxigênio por máscara ou cateter nasal. O baricitinibe já tem registro no Brasil para o tratamento de artrite reumatoide ativa moderada a grave e dermatite atópica moderada a grave”, informou o ministério.
O mesmo medicamento foi recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e também já obteve aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Como atua o medicamento?
O baractinibe é uma droga que atua sobre o sistema imune, auxiliando no processo de recuperação de quadros inflamatórios. De forma mais específica, ele diminui a ação da interleucina-6 (IL-6), substância ligada à ocorrência de reações inflamatórias geradas por diversas doenças e se apresenta com níveis elevados em casos mais graves da doença.
De acordo com a Eli Lilly, fabricante da droga, o medicamento é indicado para o tratamento da COVID-19 em pacientes adultos hospitalizados que necessitam de oxigênio por máscara ou cateter nasal, ou que necessitam de alto fluxo de oxigênio ou ventilação não invasiva.
Qual a eficácia?
De acordo com a farmacêutica, o estudo COV-BARRIER avaliou o uso do medicamento e demonstrou uma redução potencial de 38% da mortalidade no dia 28 de tratamento.
“O estudo foi global e incluiu pacientes de vários países com alta prevalência de hospitalizações por COVID-19, como EUA, Brasil, México, Argentina, Rússia, Índia, Reino Unido, Espanha, Itália, Alemanha, Japão e Coréia. O Brasil foi um dos países com maior número de participantes do estudo, com 366 pacientes em 18 centros clínicos de 5 estados do país”, explicou a farmacêutica.
(Fonte: g1/Imagem: Reprodução/Internet)