Diagnóstico de endometriose é essencial para garantir qualidade de vida da mulher
Neste sábado (07), é lembrado o Dia Internacional da Luta contra a Endometriose. A doença ginecológica e crônica caracterizasse pelo crescimento anormal do endométrio (tecido que reveste o útero) em outras partes do corpo, como ovários, tubas uterinas, intestino, reto, vagina e outros.
Como explica o Professor Assistente do Departamento de Tocoginecologia do Hospital Universitário (HU) de JundiaÃ, João Paulo Leonardo Pinto, a data serve para aumentar a conscientização sobre a doença, que tem pouca visibilidade. “Datas especÃficas fazem com que assuntos que são negligenciados sejam abordados. No caso da endometriose, é uma maneira de fazer com que as mulheres saibam mais sobre a doença e seus sintomas, além de atrair a atenção do poder público para mais polÃticas de saúde”.

Segundo o ginecologista, durante muito tempo existiu (e ainda existe) a ideia de que é normal a mulher sentir cólicas fortes durante o perÃodo menstrual. “Muitos médicos falam para as pacientes que é normal sentir dor, mas não é. A endometriose é uma doença de caracterÃstica inflamatória e crônica, que pode evoluir se não for tratada. Os principais sintomas são dores fortes antes, durante ou depois de menstruar, dores durante a relação sexual e, em alguns casos, a infertilidade”, aponta.
As mulheres que não demonstram sintomas costumam descobrir a doença somente quando estão tentando engravidar. “Geralmente, quando a paciente não tem as dores, ela só descobre a doença quando não consegue engravidar e vai investigar o motivo. É comum que o diagnóstico leve de 7 a 10 anos, no caso de mulheres assintomáticas ou daquelas que têm os sintomas, sentem muita dor, mas não vão atrás de acompanhamento médico”, explica o médico.

A endometriose não tem cura, mas é importante que seja tratada pois afeta a qualidade de vida da mulher. “É preciso marcar uma consulta e levantar a hipótese com o médico. Caso diagnosticada, a paciente deve continuar o acompanhamento e descobrir o melhor tipo de tratamento para conter o avanço da doença: uso de medicamentos ou procedimento cirúrgico. Em todo caso, é essencial recorrer ao tratamento para que as dores não impeçam a paciente de seguir com sua rotina normalmente”, aconselha o ginecologista.
(Fonte: TVTEC JundiaÃ/Imagens: Reprodução/Internet e Hospital Universitário)