Horta da Escola Estadual Jurandyr de Souza Lima faz sucesso entre os alunos
Assim que a professora Marielze Paixão deu a sugestão de fazer uma horta dentro da Escola Estadual Jurandyr de Souza Lima, que fica no bairro Traviu, a Diretoria aprovou de primeira e os alunos adoraram a ideia. O trabalho ainda está no começo, com o inÃcio dos canteiros, a composteira em andamento, o espaço do minhocário decidido e os pés de alface começando a crescer.
“A nossa proposta é trabalhar com orgânicos. Em questão de teoria, o objetivo é que eles entendam o contexto de saneamento básico, promoção da saúde e saúde única, para que eles vejam que nós seres humanos não somos isolados, que tudo está conectado”, explica Marielze.
O plano é que, no segundo semestre deste ano, novos plantios sejam realizados, como morangos orgânicos e ervas aromáticas.
O projeto Horta Escolar é desenvolvido com alunos do 6° ao 9° ano. O conteúdo é estudado dentro e fora da sala, quando os estudantes colocam a mão na massa.
As alunas do 9° ano Sara e Lúcia estão muito empolgadas com o projeto e as novas aulas da professora Marielze. “No inÃcio a ideia nos assustou, pois estamos acostumados a ficar dentro da sala de aula e nunca uma horta havia sido feita na escola até então. Ainda estamos no inÃcio do projeto, mas já estamos ansiosos para ver os resultados”, afirma Sara Flor.
“Eu fiquei maravilhada com o projeto, pois não tinha nenhuma experiência. Estamos pesquisando sobre os cuidados que devemos ter com a horta e estudando sobre compostagem, decomposição e pH. Primeiro, a gente entende como é o funcionamento na teoria e depois colocamos em prática”, diz Lúcia LetÃcia.
Tudo o que for produzido será usado no consumo dos alunos, mas o projeto vai muito além disso. O aluno Renan, por exemplo, tem a SÃndrome do X Frágil, uma deficiência intelectual que provoca atraso no desenvolvimento e alterações no comportamento. Ele não tem oralidade, mas após participar das atividades na horta teve um salto no seu desenvolvimento cognitivo e social. Hoje, o jovem é responsável pelos registros fotográficos de tudo que acontece nas aulas.
A professora Marielze vê o projeto como uma extensão do processo de aprendizagem. “Depois da pandemia, os alunos voltaram diferentes. Por isso, montar oficinas práticas para desenvolver o aprendizado é muito importante. A ideia também é que eles multipliquem esses conhecimentos para além do ambiente escolar”, explica.
(Fonte/Imagens: TVTEC JundiaÃ)