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Técnica rara de quimioterapia é usada no HSV

Publicada em 13/07/2022 às 13:57

Na manhã desta quarta-feira, 13, o Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV) por meio do Instituto de Oncologia – Dr. Marcelo Fanelli, realizou pela segunda vez na história, a técnica denominada ‘dessensibilização’ em mais uma paciente que realiza o tratamento de quimioterapia na instituição. O processo pouco utilizado e conhecido, consiste na administração gradativa de doses crescentes de medicamentos em pacientes reconhecidamente alérgicos ao fármaco, até atingir a dose plena indicada para o tratamento. É um método terapêutico utilizado nos pacientes alérgicos e que consiste em injetar pequenas e progressivas doses da substância que provoca a alergia, a fim de que o corpo reconheça a medicação e desta forma, aceite o tratamento. 

Adriana de Paula Kroneis, 51 anos, realizou duas cirurgias de câncer de ovário, sendo esta a segunda vez que necessita dos cuidados da quimioterapia do hospital. A paciente conta que a primeira cirurgia foi em 2018, onde fez o uso da mesma medicação. Em 2021, após o segundo procedimento, apresentou  complicações com o uso do medicamento, gerando preocupação aos profissionais que consequentemente se reuniram em uma tomada de decisões para que o tratamento necessário não fosse interrompido.  

“Priorizando sempre a efetividade no tratamento de nossos pacientes, após o incidente com Adriana, eu e o médico oncologista que acompanha o caso, Dr. Arthur Maia, buscamos uma forma de auxilia-la neste tratamento de forma que todos os cuidados fossem tomados”, destaca Luciana Augusto, enfermeira e coordenadora assistencial da unidade de quimioterapia. “Por meio de cálculos fármacos, procedimento que garante a administração por via intravenosa dos medicamentos na quantidade correta e pelo período de tempo adequado, pude distribuir a medicação de forma que em pequenas quantidades, Adriana recebesse a dosagem completa sem nenhuma reação alérgica indevida, vencendo a mesma”, comenta ela. 

“A medicação prescrita a ser recebida pela paciente era de 676mg, dosagem baseada sempre no peso e altura do paciente, desta forma, dividimos está dosagem em quatro bolsas de soro de 100ml e uma de 500ml, sendo assim, na primeira bolsa, em 100ml de soro, diluímos 0,07mg, uma dosagem muito pequena para início do tratamento, o que equivale a “uma gota” diluída em um “copo de água cheio”. Na segunda bolsa, aumentamos um pouco a dosagem da medicação para 0,68mg novamente em 100ml de soro, desta forma, aumentamos gradativamente a exposição da paciente a dosagem do fármaco, sempre atentos à possíveis reações, com objetivo de ao final da quinta bolsa, a medicação de 676mg tenha sido absorvida positivamente pelo organismo dela”, explica Luciana.  

Adriana, em sua última sessão de quimioterapia

Em sua última sessão de quimioterapia, Adriana conta que apesar das dificuldades acometidas com a reação alérgica da medicação, agradece todo o cuidado da equipe desde o primeiro atendimento prestado. “Todos que me acompanharam até este momento foram pessoas dispostas a salvar a minha vida. São profissionais competentes, humanizados e acolhedores. Sou grata a todos os médicos, cirurgiões que estiveram ao meu lado e principalmente a equipe de oncologia do São Vicente. Tenho um carinho enorme por todos que cuidaram de mim e com muita paciência me ajudaram a chegar onde estou, se preocupando com o meu tratamento e priorizando o meu bem-estar”, finaliza emocionada.  

Fonte / Imagem: Assessoria de Comunicação – Hospital de Caridade São Vicente de Paulo


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